Aplicação funciona por meio de depósitos periódicos feito pelo investidor
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Entre as possibilidades que o mercado apresenta, a mais específica para a aposentadoria é a previdência privada |
A aposentadoria é algo que precisa ser pensado o quanto antes. Nesse sentido, o trabalhador tem duas opções: depender do governo, com o benefício da previdência social, ou então definir ele mesmo como será construído seu futuro. Para tanto, nada melhor do que investir de acordo com suas possibilidades em um ativo de longo prazo.
Entre as possibilidades que o mercado apresenta, a mais específica para a aposentadoria é a previdência privada, entretanto, esta é uma categoria dividida em diferentes tipos de planos.
Entender como funciona cada um deles e de que forma escolher o melhor é um dos diferenciais de quem consegue ter bons resultados nesse investimento.
O que é previdência privada
É um tipo de aplicação que funciona por meio de depósitos periódicos feito pelo investidor. A ideia é bastante simples: quem aplica o dinheiro é o responsável por fazer crescer o seu patrimônio, tendo o fundo escolhido como ferramenta.
Assim, não somente a frequência, mas também os valores depositados mensalmente podem variar de acordo com as preferências do investidor para que ele tenha uma determinada quantidade de recursos quando fizer o resgate.
É um modelo diferente da previdência pública, na qual existe o chamado regime de caixa, onde quem trabalha paga a aposentadoria de quem já contribuiu, não sendo possível para o contribuinte definir valores ou formas de resgate.
Tipos de planos de previdência privada
São duas as possibilidades que o investidor tem para aderir a planos de previdência privada, o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
No PGBL o investidor pode ter o abatimento de até 12% na declaração de Imposto de Renda no ano seguinte do aporte realizado. Isso é mais vantajoso para o contribuinte que faz o modelo completo da declaração do IR, entretanto, essa dedução só é válida para aquele que já contribui com a previdência pública ou regime próprio de previdência de servidores públicos.
O diferencial desse abatimento é permitir uma maior rentabilidade em longo prazo, uma vez que a quantia acumulada aumenta e o patrimônio cresce mais devido ao efeito dos juros compostos.
O VGBL, por sua vez, não permite a dedução na declaração, entretanto, garante ao investidor um imposto menor porque ele incide somente sobre os rendimentos. Assim, acaba sendo ideal para quem costuma trabalhar com o modelo de declaração simplificado, podendo investir não só na aposentadoria, mas também em outros projetos de longo prazo.
Em resumo, o PGBL é bom para quem quer um investimento para o futuro, para acumular mais, se beneficiando do efeitos dos juros sobre juros e do ganho fiscal. Entretanto, para que tenha esse benefício, o investidor precisa saber que vai arcar com uma maior retenção de imposto quando fizer o saque.
Isso tende a valer a pena em situações em que o tempo de aplicação é longo o bastante para que o ganho com esse tipo de investimento se torne suficientemente maior do que em outra situação. Do contrário, o VGBL acaba sendo mais indicado.
As tabelas de tributação
Os planos de previdência privada contam com duas opções de tributação, que são a tabela regressiva e a progressiva. Em resumo, a diferença entre elas se dá na forma como as alíquotas se comportam ao longo do tempo.
No caso da tabela regressiva, as alíquotas diminuem de acordo com o tempo de investimento. Assim, elas começam em 35% para as retiradas antes de dois anos e diminuem 5% a cada dois anos, chegando a 10% depois de 10 anos. Isso faz com que seja mais útil para objetivos para acima de 10 anos.
A tabela progressiva, por sua vez, é mais vantajosa para quem pretende resgatar o valor acumulado de uma única vez, pois seus percentuais tomam como referência a tabela progressiva do IR, indo desde a isenção quando o saque é de até R$ 22.847,76 até a alíquota máxima de 27,5%, quando o saque é superior a R$ 55.976,16.
Como escolher
O ideal é o investidor prestar atenção aos seus objetivos, considerando principalmente o tempo e os recursos que têm à disposição para recorrer a uma dessas opções. A forma como esse tipo de investimento incide no Imposto de Renda também faz toda a diferença na rentabilidade da aplicação.
Entendendo como as características de cada plano podem auxiliar a atingir objetivos, o interessado pode se cadastrar em uma plataforma de investimentos on-line e começar a movimentar seu dinheiro em curto, médio e longo prazos - este último, para fins específicos de aposentadoria.
Vale lembrar que mesmo para o contribuinte do INSS, a previdência privada também aparece como uma possibilidade, uma vez que funciona como previdência complementar, dando condições para aumentar os rendimentos no momento da aposentadoria.
Fonte: Experta Media
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