Campanha dos Conselhos de Farmácia busca desestimular que a população busque informações sobre medicamentos na internet ou indicações de leigos
(Foto: Getty Images)
Por hora, duas pessoas se intoxicam com medicamentos no Brasil devido a problemas como a automedicação, segundo os últimos dados divulgados em 2015 pelo SINITOX - Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas. O uso inadequado de medicamentos é a principal causa de intoxicação no país. A automedicação é um hábito entre os brasileiros, sendo praticada com indicação de leigos e, cada vez mais, da internet. O combate a esse mau hábito e o incentivo à busca de informações sobre medicamentos em fontes seguras, entre as quais o farmacêutico, são o foco da campanha do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e Conselhos Regionais pelo Dia do Farmacêutico, 20 de janeiro.
A orientação da campanha promovida pelos Conselhos de Farmácia do país é não usar medicamentos sem orientação profissional e consultar sempre o farmacêutico. A iniciativa visa, também, colaborar com a meta da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) em seu desafio global, de reduzir em 50% os danos graves e evitáveis provocados pelo mau uso dos medicamentos nos próximos cinco anos. Segundo a OPAS/OMS, os erros de medicação causam pelo menos uma morte todos os dias e prejudicam aproximadamente 1,3 milhões de pessoas, anualmente, apenas nos Estados Unidos. Os números são semelhantes nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil.
Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Marcos Machado, é importante que as pessoas se conscientizem que o consumo de medicamentos sem orientação pode causar sérios problemas à saúde. "É importante que a população saiba que toda a farmácia tem um farmacêutico, um profissional de saúde plenamente capacitado para orientar as pessoas, esclarecer dúvidas e com isso utilizar os medicamentos com segurança e obter sucesso em seus tratamentos", reitera Marcos Machado.
Já o presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter Jorge, destaca que os farmacêuticos têm papel estratégico e fundamental na prevenção da automedicação. Por isso, desde 2012, os conselhos têm trabalhado por um contato cada vez maior dos farmacêuticos com a população. Mudanças na regulamentação profissional e na legislação ampliaram a prática do cuidado à saúde nas farmácias, que são obrigadas a contar com o farmacêutico durante todo o seu período de funcionamento. "Estamos à disposição para contribuir", frisa, destacando, também, a recente liberação pela Anvisa, da aplicação de vacinas nesses estabelecimentos.
Uso inadequado gera custos ao SUS
Prevenir erros relacionados ao uso de medicamentos, além de salvar vidas, evita uma enorme e desnecessária pressão sobre os orçamentos de saúde. Levantamento recente feito pelo farmacêutico Gabriel Freitas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), indica que o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta R$ 60 bilhões por ano para tratar consequências negativas do uso de medicamentos no Brasil. A cada real gasto no fornecimento, o governo gasta cinco reais para tratar morbidades relacionadas a medicamentos. E metade dos casos seriam evitados com uma supervisão mais cuidadosa e efetiva do uso destes, segundo o pesquisador.
A campanha está sendo realizada por meio de anúncios em jornais e revistas impressos, banners para internet e outdoors, spot para rádio e um filme de 30 segundos para TV, salas de cinema e redes sociais. Incluiu, ainda, uma ação intitulada "Farmacêuticos Fakes", na qual pessoas comuns e populares nas redes sociais postaram em seus perfis pedidos de informações sobre medicamentos. O resultado será divulgado em vídeo, mostrando a enorme quantidade de dicas dadas por amigos e familiares pelas redes sociais e a importância de evitar a automedicação.
Fonte: CRF-SP
(Foto: Getty Images)
A orientação promovida pelos Conselhos de Farmácia do país é não usar medicamentos sem orientação profissional e consultar sempre o farmacêutico |
A orientação da campanha promovida pelos Conselhos de Farmácia do país é não usar medicamentos sem orientação profissional e consultar sempre o farmacêutico. A iniciativa visa, também, colaborar com a meta da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) em seu desafio global, de reduzir em 50% os danos graves e evitáveis provocados pelo mau uso dos medicamentos nos próximos cinco anos. Segundo a OPAS/OMS, os erros de medicação causam pelo menos uma morte todos os dias e prejudicam aproximadamente 1,3 milhões de pessoas, anualmente, apenas nos Estados Unidos. Os números são semelhantes nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil.
Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Marcos Machado, é importante que as pessoas se conscientizem que o consumo de medicamentos sem orientação pode causar sérios problemas à saúde. "É importante que a população saiba que toda a farmácia tem um farmacêutico, um profissional de saúde plenamente capacitado para orientar as pessoas, esclarecer dúvidas e com isso utilizar os medicamentos com segurança e obter sucesso em seus tratamentos", reitera Marcos Machado.
Já o presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter Jorge, destaca que os farmacêuticos têm papel estratégico e fundamental na prevenção da automedicação. Por isso, desde 2012, os conselhos têm trabalhado por um contato cada vez maior dos farmacêuticos com a população. Mudanças na regulamentação profissional e na legislação ampliaram a prática do cuidado à saúde nas farmácias, que são obrigadas a contar com o farmacêutico durante todo o seu período de funcionamento. "Estamos à disposição para contribuir", frisa, destacando, também, a recente liberação pela Anvisa, da aplicação de vacinas nesses estabelecimentos.
Uso inadequado gera custos ao SUS
Prevenir erros relacionados ao uso de medicamentos, além de salvar vidas, evita uma enorme e desnecessária pressão sobre os orçamentos de saúde. Levantamento recente feito pelo farmacêutico Gabriel Freitas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), indica que o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta R$ 60 bilhões por ano para tratar consequências negativas do uso de medicamentos no Brasil. A cada real gasto no fornecimento, o governo gasta cinco reais para tratar morbidades relacionadas a medicamentos. E metade dos casos seriam evitados com uma supervisão mais cuidadosa e efetiva do uso destes, segundo o pesquisador.
A campanha está sendo realizada por meio de anúncios em jornais e revistas impressos, banners para internet e outdoors, spot para rádio e um filme de 30 segundos para TV, salas de cinema e redes sociais. Incluiu, ainda, uma ação intitulada "Farmacêuticos Fakes", na qual pessoas comuns e populares nas redes sociais postaram em seus perfis pedidos de informações sobre medicamentos. O resultado será divulgado em vídeo, mostrando a enorme quantidade de dicas dadas por amigos e familiares pelas redes sociais e a importância de evitar a automedicação.
Fonte: CRF-SP
Medicamentos intoxicam duas pessoas por hora no Brasil
Reviewed by Redação
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1/18/2018 08:05:00 PM
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