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Especialista explica os 2 passos para ‘viver de renda’

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Para conseguir esse sonho é necessário ter um patrimônio robusto, assim como diversificar os investimentos para correr menos risco

Por Diego Martins
Do Portal Telenotícias em São Paulo

(Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas)
De acordo com o especialista, quando estamos acumulando patrimônio,
 a nossa visão deve ser de longo prazo
Alcançar a independência financeira é um sonho e objetivo para quase todo mundo. E que tal então viver sem depender de patrão? Pensando nesse desejo de muitos, o especialista em educação financeira Thiago resolveu listar alguns investimentos interessantes para gerar renda mensal.

Antes de começar, Nigro diz que é importante entender que existe uma diferença de quem investe para acumular patrimônio e quem investe para ter uma renda mensal. Ou seja, se você ainda não tem dinheiro suficiente para ter uma renda mensal, a linha de raciocínio será um pouco diferente.


1º passo: acumulação de patrimônio;

De acordo com o especialista, quando estamos acumulando patrimônio, principalmente quando não temos muito dinheiro, a nossa visão deve ser de longo prazo. “Ou seja, eu preciso juntar dinheiro agora, para começar a usufruir desse patrimônio daqui a 20, 30 anos, pois tudo tem o seu tempo. Não tem mágica, mas tem opções interessantes”, esclarece.

Com isso em mente, você tem dois cenários, garante Thiago Nigro:

1. Investir pensando em aplicações de médio/longo prazo;

2. Investir pensando propriamente no longo prazo.

“A diferença aqui é simples: no cenário 1, você investe, por exemplo, em CDB para 3 anos. A ideia aqui é que você reduza o risco das suas aplicações, já que você não pretende seguir com os investimentos por muito tempo. Assim, você se expõe a um período menor de tempo e, dependendo da aplicação, ainda consegue uma garantia do FGC (fundo garantidor de crédito)”, diz.

O problema disso, segundo Nigro, é que, como a acumulação de patrimônio acontece em maiores prazos, a segurança se paga, muitas vezes, em um rendimento menor. “E aqui há um contraste: no longo prazo, conseguimos ter uma maior aceitação ao risco, e o rendimento em renda variável, principalmente agora, tende a dar resultados interessantes. E é justamente esse o cenário 2”, explica o especialista.

Para Nigro, basta pensarmos nas ações como exemplo. “Em curto e médio prazo, as estratégias em ações que temos se posicionam muito na questão de trade. Aqui, se você fizer uma operação errada, sai no prejuízo”, argumenta.

Mas, no longo prazo, é possível adotar estratégias como o value investing, e assim, com o tempo e a melhora do valor das ações, o investidor consegue um retorno muito maior. “A grande dica, nesse caso, é utilizar o tempo ao seu favor e saber diversificar em ativos de mais risco”, diz.


2º passo: aplicar o patrimônio.

Com o patrimônio acumulado, agora é hora de aplicar para ter uma renda mensal baseada em rendimentos. Os investimentos para viver de renda podem ser:

- Tesouro NTN-B com cupom semestral. “A pessoa terá que se planejar melhor, pois receberá o rendimento só depois de seis meses. Importante lembrar que será cobrado o IR referente ao resgate dos valores”, afirma.

- Ações com dividendos. “Você pode investir em empresas, que além de terem uma boa chance de ficarem com os papeis melhores no futuro, ainda repassam uma quantia bacana para os investidores através de dividendos. O único problema aqui, pode ser a dificuldade de encontrar empresas que pagam dividendos mensalmente. Algumas pagam por trimestre, outras anualmente. Por isso é recomendado fazer uma carteira com mais de uma ação para tentar reduzir os problemas com os pagamentos de dividendos. E nesse caso, o preço da ação não será tão importante, já que o objetivo é o dividendo”, explica.

- Fundos Imobiliários. “Eles contam com um retorno como se fossem um dividendo. Existem dois diferenciais: o repasse é feito mensalmente e o valor recebido é sempre isento de imposto de renda para o investidor pessoa física, ou seja, isso já traz uma vantagem enorme e pode muitas vezes trazer um rendimento maior que um aluguel de imóvel físico”, garante.

- Debêntures. “São quase como uma mistura de todos os investimentos comentados até agora. Com as debêntures, você tem a chance de ter uma aplicação com isenção de IR, uma relativa segurança dependendo das demonstrações financeiras da empresa, e que ainda podem gerar retornos periódicos do capital investido”, indica.

Para o especialista, a máxima é estudar bem, procurar entender cada investimento, as debêntures, por exemplo, rendem bem, mas não têm FGC, ou seja, a atenção deve ser redobrada. “Nesse sentido, existem muitos tipos de investimentos e possibilidades para se viver de renda, mas para chegar a esse ponto, a pessoa terá que já ter um patrimônio robusto, que vai exigir uma diversificação de investimento em aplicações para redução de risco. Porque se a ideia é viver de renda e você precisa dela para viver, o seu patrimônio deve correr o menor risco possível. Ou seja, ao invés de pensar em apenas um desses citados, pense em todos”, finaliza Thiago Nigro.
Especialista explica os 2 passos para ‘viver de renda’ Especialista explica os 2 passos para ‘viver de renda’ Reviewed by Redação on 1/24/2018 01:49:00 PM Rating: 5

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