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Destaque da Semana: Os impactos em torno da decisão do Reino Unido

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Por Lorena Zanelatto
lorenazanelatto@portaltelenoticias.com

(Foto: DFID - UK  / Wikimedia Commons)
Foto arquivo de 2012. David Cameron, primeiro-ministro britânico, 
anunciou sua renúncia logo após o resultado do Brexit
Considerado um divórcio de extremo impacto, o rompimento do Reino Unido com a União Européia não poderia resultar em bons negócios. A partir de agora, projetos correm riscos, propostas e taxas de exportações serão revistas. Nesse momento, diante da decisão do Reino Unido, motivada por baixos retornos financeiros, quando segundo o Brexit – união de Britain (Grã-Bretanha) com exit (saída em inglês), os investimentos ao grupo eram muito maiores.

A opção de 'sair' venceu a de permanecer no bloco europeu por mais de 1,2 milhão de votos de diferença. Com tal mudança, o próprio primeiro-ministro britânico David Cameron anunciou a sua renuncia, a fim de não contrariar a decisão do povo britânico e não prejudicar os próximos passos. De imediato ao anúncio, a notícia chocou os mercados globais. A Bovespa, por exemplo, caiu 2,82%; na Europa, algumas bolsas caíram mais de 12%. A cotação da libra também foi impactada pelo resultado do referendo. A moeda britânica afundou 10% em valor, atingindo o ponto mais fraco desde 1985.

Em contrapartida, outros impactos foram notados. O FMI (Fundo Monetário Internacional), por exemplo, prevê que o PIB do Reino Unido fique entre 1,5% e 9,5% menor. Já o comércio exterior britânico, com a divisão, passará a ter taxas diferentes com os países europeus em relação às praticadas agora, podendo inclusive trocar de parceiros. Veja abaixo a repercussão entre líderes mundiais:

Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk:
"Estamos determinados a manter nossa união como 27 (países)...  Irei propor que iniciemos um período de reflexão mais ampla sobre o futuro de nossa união."

Nigel Farage, líder do partido britânico Anti-UE Ukip:
"A UE está fracassando, a UE está morrendo".

Presidente dos EUA, Barack Obama:
Obama afirmou em comunicado que respeita a decisão do povo britânico e afirmou que tanto o Reino Unido quanto a UE "vão continuar sendo parceiros indispensáveis dos EUA".

Presidente da França, François Hollande:
"A Europa deve ser compreendida e controlada por seus cidadãos. A Europa precisa agir rapidamente onde é necessário e deve, uma vez por todas, deixar os Estados membros lidarem com o que é seu domínio exclusivo".

Marine Le Pen, líder do partido francês de extrema direita Frente Nacional:
"A vitória da liberdade! Agora precisamos realizar o mesmo referendo na França e em (outros) países da UE."

Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier:
"A notícia vinda do Reino Unido é realmente atordoante. Parece um dia triste para a Europa e o Reino Unido".

Ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault:
"A Europa irá continuar, mas precisa reagir e redescobrir a confiança de seus povos. Isso é urgente."

Ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble:
"Eu esperava um resultado diferente. Agora precisamos olhar para a frente e lidar com esta situação..."
       
Primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban:
"A Europa só é forte se puder dar respostas a grandes questões, como a imigração, que fortaleceriam a própria Europa, ao invés de enfraquecê-la. A UE não foi capaz de dar estas respostas."
     
Ministro das Relações Exteriores da Polônia, Witold Waszczykowski:
"Está é uma má notícia para a Europa, para a Polônia... tentaremos usar esta situação para conscientizar os políticos europeus da razão de isto ter acontecido. E aconteceu porque este conceito, que foi criado algum tempo atrás, não é mais popular na Europa."

Ministra sueca para a UE, Ann Linde:
"Precisamos mostrar às pessoas por que acreditamos que a UE é importante, por que precisamos permanecer. Temos que olhar as coisas que importam na vida cotidiana das pessoas, talvez onde tem havido ambiguidades, onde tem havido arrogância e onde as pessoas têm sentido que tem havido um projeto elitista... é uma situação muito séria para a Grã-Bretanha, mas também para a UE."

Primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon:
 "A Escócia deu um voto forte, inequívoco para permanecer na UE, e elogio esse endosso ao nosso status europeu."

Gianni Pittella, líder dos socialistas e democratas no Parlamento Europeu:
 "É triste, mas não é o enterro da União Europeia."


As opiniões expressas nessa coluna são de inteira responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do Portal Telenotícias.
Destaque da Semana: Os impactos em torno da decisão do Reino Unido Destaque da Semana: Os impactos em torno da decisão do Reino Unido Reviewed by Redação on 6/24/2016 10:45:00 PM Rating: 5

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