Chega ao Brasil medicamento oral para esclerose múltipla mais prescrito nos EUA
Terapia proporciona uma nova abordagem de tratamento ao atuar na inflamação cerebral e já foi usada por mais de 130 mil pacientes em 32 países
(Foto: divulgação)
Medicamento já foi usado por mais de 130 mil pacientes em 32 países |
Seu principal diferencial é proporcionar uma nova abordagem para tratar a esclerose múltipla, pois o fumarato de dimetila atua estimulando os genes envolvidos nas respostas anti-inflamatórias e antioxidantes, ativando a defesa do próprio organismo contra os radicais livres que causam o estresse oxidativo. Este problema é a principal consequência da inflamação cerebral comum à doença e causa envelhecimento e degeneração do órgão. Isto porque o sistema nervoso é composto por milhões de células não replicáveis, o que significa que, uma vez danificadas, elas provavelmente não se regenerarão.
A conveniência e a praticidade do tratamento oral são outros benefícios em relação às injeções, já que facilita a adesão do paciente ao tratamento. O medicamento tem ainda perfil favorável de segurança e tolerabilidade, com efeitos adversos gerenciáveis e transitórios, sendo os mais comuns rubor facial, diarreia, náusea e dor abdominal.
“Proporcionar aos pacientes um tratamento inovador com a conveniência da administração oral traz um impacto positivo e significativo para o tratamento da esclerose múltipla, uma doença complexa, em que a adesão e a individualização do tratamento são essenciais para a melhora da qualidade de vida do paciente”, afirma Elaine Rahal, diretora médica da Biogen Brasil.
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória que acomete a bainha de mielina, membrana que envolve os axônios responsáveis por fazerem a comunicação entre os neurônios. Com a inflamação, e consequentemente o estresse oxidativo, a troca de informações entre as células nervosas fica comprometida. A causa da doença ainda é desconhecida, mas sabe-se que ela é crônica e degenerativa, e que fatores genéticos e ambientais podem estar relacionados ao seu aparecimento e evolução.
A esclerose múltipla afeta mais de 2,1 milhões de pessoas ao redor do mundo. No Brasil, estima-se que aproximadamente 35 mil pessoas convivem com a doença, sendo que aproximadamente 13 mil estão em tratamento atualmente.
Eficácia e segurança comprovadas em estudos com mais de 2.600 pacientes
O fumarato de dimetila foi testado em um robusto programa de desenvolvimento clínico que incluiu dois estudos globais em fase 3, controlados por placebo, duplo-cegos e randomizados, chamados Definee Confirm, que acompanharam mais de 2.600 pacientes. E também em um estudo de extensão de longo prazo em andamento, Endorse, em que pacientes tratados foram acompanhados por mais de seis anos e meio.
Nos estudos, o medicamento demonstrou redução de importantes medidas de atividade da doença, como a ocorrência de surtos e o desenvolvimento de lesões cerebrais. Também mostrou ser um importante aliado no tratamento e retardo de características fisiopatológicas comuns à esclerose múltipla, como a inflamação crônica e a degeneração neurológica. Os resultados mostram que o medicamento reduziu em até 49% a proporção de pacientes que apresentaram surtos, em 53% a taxa de surtos anual e em 38% a progressão da incapacidade.
O medicamento estará disponível em duas dosagens: 120 mg e 240 mg.
Fonte: Ketchum
Chega ao Brasil medicamento oral para esclerose múltipla mais prescrito nos EUA
Reviewed by Redação
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11/09/2015 03:45:00 PM
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