Dilma Rousseff e os 5 erros em 7 dias de mandato

Para Gabriel Rossi, especialista em marketing, primeiros dias da nova gestão mostram equívocos em sequência para a imagem da presidente

Dilma Rousseff terminou seu primeiro mandato como presidente do Brasil com ações animadoras. Parecia ter se convencido de que o País necessita de uma gestão macroeconômica eficaz, casada com o desenvolvimento, e demonstrava estar montando um time de ministros de primeira, com capacidade técnica para colaborar com o segundo mandato. Lá se foram sete dias da nova gestão, e já é possível listar 5 erros da mandatária para sua imagem, de acordo com avaliação do especialista em marketing Gabriel Rossi.

“O ponto mais gritante é a reprimenda que tornou-se pública no ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. A ação o desmoralizou perante colegas e especialistas. Foi um sinal nada animador para quem entrou no governo agora. Aí já são dois erros: sujeitar um ministro importante a isso e passar a imagem aos demais de que não tolera iniciativas sem sua aprovação”, avalia Rossi, ao lembrar que Barbosa teve de voltar atrás, via nota oficial, após anunciar que o governo enviaria ao Congresso um novo modelo de reajuste do salário mínimo que passaria valer a partir de 2016.

Em seu discurso de posse Dilma já pisou na bola, segundo o especialista. “Ela não fez mea culpa e não se preocupou em apontar problemas para em seguida indicar soluções. Isso soa como arrogância”, diz.
“Houve também outro erro: seu discurso foi fraco. Podemos enumerar frases de discursos históricos. O dela passou despercebido pela maioria das pessoas. Faltou entusiasmo. Começamos um novo período, e faltou um alento, até mesmo a quem votou nela”, completa Rossi.

A estada de Dilma na Bahia também não pegou bem. “A presidente tem todo direito a férias, claro. Mas a ida ao estado baiano repercutiu mal. Ficou a imagem que para ela o país está muito bem”, conta Rossi. “É diferente do que os governadores mostraram em seus Estados. Em São Paulo, Geraldo Alckmin anunciou a mesma medida já dita três ou quatro vezes, de corte de gastos. Mas sabe que sua imagem está ligada a alguém que trabalha e se preocupa com o Estado”, comenta Rossi.
Para o especialista em marketing, é claro que a imagem de Dilma não será estabelecida por este início de gestão. “Mas ela precisa mudar o rumo de suas ações. O começo foi preocupante, não só para ela”, finaliza.

Fonte: Atelier Comunicação