Especialista esclarece os principais questionamentos sobre o assunto
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O sangue do cordão umbilical, rico em células-tronco, deve ser coletado logo após o nascimento da criança.
Verdade. Após a separação do bebê da mãe, a coleta é realizada de forma rápida, dura em torno de cinco minutos, e sempre é realizada logo após o nascimento do bebê. A drenagem do sangue do cordão é feita por meio de uma punção com agulha na veia umbilical e seu acondicionamento é realizado em uma bolsa contendo anticoagulante. Todo o processo de coleta deve ser realizado com cuidados de esterilidade. O tempo de transporte entre a coleta e o processamento deve ser no máximo de 48 horas.
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Dr. Nelson Tatsui |
Mito. Não há tempo máximo definido pela literatura. Há relatos que indicam unidades congeladas há aproximadamente 25 anos, que ainda demonstram viabilidade celular adequada.
O tecido do próprio cordão também possui células-tronco.
Verdade. Este tecido possui célula-tronco do tipo mesenquimal – um subtipo celular, com grande capacidade de regenerar tecidos não hematológicos. A coleta é realizada no mesmo momento do sangue de cordão umbilical, no entanto, feita somente pelos bancos privados.
Uma vez doado, o sangue do cordão umbilical poderá ser utilizado pela família a qualquer tempo.
Mito. No caso de doação para o sistema público, a unidade fica armazenada em um dos bancos públicos da rede BrasilCord à espera de um paciente compatível, habitualmente portador de uma doença hematológica grave. Nesse caso, a família não poderá reivindicar a qualquer tempo o próprio sangue de cordão doado. No sistema privado, a família paga pelo serviço de coleta e armazenamento do cordão, ficando assim, disponível para o próprio bebê e para potencial uso na própria família.
Já existem resultados que mostram a eficácia das células-tronco no tratamento de males como o Alzheimer, o Diabetes, o Lúpus e a Aids.
Verdade. Porém, os resultados ainda são experimentais. Portanto, é necessária uma avaliação mais ampla, sempre seguindo os protocolos de segurança e eficácia definidos por entidades de pesquisa e ética reconhecidas.
Não é possível coletar células-tronco de prematuros ou em partos de emergência.
Mito. O procedimento poderá ser realizado a partir de 32 semanas de gestação, conforme descrito na legislação que rege o funcionamento dos bancos de cordão umbilical e placentário. No caso dos partos de emergência, em todas as cidades que possuem um escritório de coleta, há enfermeiros treinados que ficam de plantão 24h. O médico que fará o parto também pode recolher as células-tronco. Por ser um procedimento simples, pode ser facilmente executado.
Armazenar as células-tronco é uma forma de pensar no futuro dos filhos.
Verdade. É importante destacar que as células-tronco, além de serem compatíveis com o próprio bebê, possuem uma chance aumentada de compatibilidade entre irmãos. Com as células criopreservadas, há maior rapidez no tratamento e diminuição dos riscos de rejeição e efeitos colaterais após o transplante. O acesso à informação sobre o procedimento, as vantagens e os preços mais acessíveis são prerrogativas que tem feito com que as famílias optem pelo armazenamento privado das células-tronco, a fim de serem utilizadas pelos próprios filhos.
A coleta pode ocasionar riscos para a mãe ou para o bebê.
Mito. Não existe risco nenhum. A coleta é feita após completa separação do bebê da placenta. Além disso, a coleta somente é realizada em caso de parto sem intercorrência e com anuência do médico obstetra.
A utilização de células-tronco congeladas é uma das técnicas mais modernas, utilizadas pela medicina a fim de reparar e/ou tratar enfermidades como leucemia, dentre outras.
Verdade. As células-tronco do sangue de cordão umbilical já são utilizadas há muitos anos para substituir o transplante de medula óssea, no tratamento de leucemia, linfoma e algumas enfermidades imunológicas. Elas são usadas para recuperar o sistema hematopoiético (sistema que produz as células sanguíneas) de pacientes submetidos à quimioterapia ou à radioterapia. Nessas situações, a infusão é vital, uma vez que esses tratamentos também destroem o tecido que produz sangue (células-tronco) do paciente.
Fonte: Dezoito Comunicação
Veja mitos e verdades sobre células-tronco
Reviewed by Redação
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4/14/2014 06:00:00 PM
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