Telenotícias Entrevista: Dra. Adriane Cruz
Da Redação Telenotícias
(Foto: Getty Images)
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, iniciada pelo Ministério da Saúde nesta semana em todo o país, ainda gera desconfiança e medo por parte da população, que criou alguns mitos em torno da vacina. A pediatra e infectologista Adriane Cruz, do Hospital Quinta D’Or, no Rio de Janeiro, esclarece esses mitos e verdades.
TN - Quem toma a vacina ficará gripado logo após?
Dra. Adriane - Mito. Trata-se de uma vacina inativada (morta), incapaz de gerar doença. O sintoma mais associado após a vacina é vermelhidão no local da aplicação e febre, que ocorre de 6 a 24 horas após.
TN - Há substâncias cancerígenas nos componentes da vacina?
Dra. Adriane - Mito, totalmente infundado.
TN - Há riscos para os bebês de grávidas que são vacinadas?
Dra. Adriane - Mito. Aliás, a gestação é um excelente momento para vacinar. O bebê ficará protegido por passagem de anticorpos via placenta até que possa receber a vacina. As grávidas têm maior risco de desenvolver formas graves de doença, com altas taxas de mortalidade.
TN - Crianças muito pequenas não devem tomar a vacina por não terem formado o sistema imunológico?
Dra. Adriane - Mito. A vacinação básica deve ser iniciada logo ao nascimento com a BCG e a hepatite B. A vacina contra influenza está indicada para os maiores de 6 meses.
TN - A vacina só deve ser tomada em risco de epidemia?
Dra. Adriane - Não. Trata-se de uma doença viral, altamente contagiosa, afetando todas as idades com altas taxas de morbidade e mortalidade a cada ano. Apesar de ser auto-limitada na grande maioria das vezes, há possibilidade de complicações, independentemente de estarmos diante de epidemia. Considerar tal vacinação, sempre que houver possibilidade.
TN - Muitas pessoas também não tomam a vacina porque pensam que estão servindo de cobaias para um teste que está sendo aplicado. A vacina já foi testada há quanto tempo?
Dra. Adriane - Mito. Vacinas contra influenza são utilizadas há décadas em vários países do mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde vem realizando campanhas anuais contra influenza desde 1999 com redução significativa das taxas de mortalidade por influenza e complicações relacionadas.
Ainda segundo a Dra. Adriane Cruz, a influenza pode causar doenças graves em qualquer indivíduo, principalmente nos seguintes grupos de risco: crianças pequenas e idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas (AIDS, diabetes, câncer, doenças crônicas do coração, dos pulmões e dos rins), imunodeprimidos, gestantes no 2° e 3° trimestres de gravidez e recém-nascidos. Há contraindicações apenas para pessoas com história prévia de reação alérgica grave a ovo ou outros componentes da vacina.
Da Redação Telenotícias
(Foto: Getty Images)
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, iniciada pelo Ministério da Saúde nesta semana em todo o país, ainda gera desconfiança e medo por parte da população, que criou alguns mitos em torno da vacina. A pediatra e infectologista Adriane Cruz, do Hospital Quinta D’Or, no Rio de Janeiro, esclarece esses mitos e verdades.
TN - Quem toma a vacina ficará gripado logo após?
Dra. Adriane - Mito. Trata-se de uma vacina inativada (morta), incapaz de gerar doença. O sintoma mais associado após a vacina é vermelhidão no local da aplicação e febre, que ocorre de 6 a 24 horas após.
TN - Há substâncias cancerígenas nos componentes da vacina?
Dra. Adriane - Mito, totalmente infundado.
TN - Há riscos para os bebês de grávidas que são vacinadas?
Dra. Adriane - Mito. Aliás, a gestação é um excelente momento para vacinar. O bebê ficará protegido por passagem de anticorpos via placenta até que possa receber a vacina. As grávidas têm maior risco de desenvolver formas graves de doença, com altas taxas de mortalidade.
TN - Crianças muito pequenas não devem tomar a vacina por não terem formado o sistema imunológico?
Dra. Adriane - Mito. A vacinação básica deve ser iniciada logo ao nascimento com a BCG e a hepatite B. A vacina contra influenza está indicada para os maiores de 6 meses.
TN - A vacina só deve ser tomada em risco de epidemia?
Dra. Adriane - Não. Trata-se de uma doença viral, altamente contagiosa, afetando todas as idades com altas taxas de morbidade e mortalidade a cada ano. Apesar de ser auto-limitada na grande maioria das vezes, há possibilidade de complicações, independentemente de estarmos diante de epidemia. Considerar tal vacinação, sempre que houver possibilidade.
TN - Muitas pessoas também não tomam a vacina porque pensam que estão servindo de cobaias para um teste que está sendo aplicado. A vacina já foi testada há quanto tempo?
Dra. Adriane - Mito. Vacinas contra influenza são utilizadas há décadas em vários países do mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde vem realizando campanhas anuais contra influenza desde 1999 com redução significativa das taxas de mortalidade por influenza e complicações relacionadas.
Ainda segundo a Dra. Adriane Cruz, a influenza pode causar doenças graves em qualquer indivíduo, principalmente nos seguintes grupos de risco: crianças pequenas e idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas (AIDS, diabetes, câncer, doenças crônicas do coração, dos pulmões e dos rins), imunodeprimidos, gestantes no 2° e 3° trimestres de gravidez e recém-nascidos. Há contraindicações apenas para pessoas com história prévia de reação alérgica grave a ovo ou outros componentes da vacina.
Vacina contra a gripe: conheça os mitos e verdades
Reviewed by Redação
on
5/10/2012 12:53:00 PM
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