Em muitos casos, os acidentes acontecem devido o manuseio imprudente de churrasqueiras, fogão, velas, fogueiras, fogos de artifício e até cigarros
Dez pessoas morrem por mês (ou uma a cada três dias) por exposição ao fogo, chamas e fumaça no estado, mostra o levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Somente em 2011 foram registradas 2,2 mil internações causadas por queimadura em decorrência de acidentes de trabalho ou domésticos. Desse total, 120 pessoas morreram. No total, as internações custaram R$ 6 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS) paulista.
De acordo com o levantamento, o número de vítimas por queimaduras é maior entre os homens. Das internações registradas no ano passado, 64% foram de pacientes do sexo masculino, e dos 120 óbitos, o índice entre os homens foi de 59%.
Tanto entre os homens quanto entre as mulheres, o índice de internações e óbitos é maior entre as faixas etárias de 30 a 49 anos. Para o supervisor médico do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau) da Secretaria, Gustavo Feriani, as internações por exposição à fumaça, fogo e chamas, em muitos casos, ocorrem em consequência de acidentes domésticos como descuidos no manuseio de churrasqueiras, panelas sobre o fogão e velas.
“Algumas pessoas possuem o hábito de deixar velas acesas perto de janelas com cortinas ou adormecer no sofá ou na cama com o cigarro acesso na mão. Atitudes como essas podem oferecer um grande risco já que pequenas chamas também podem gerar grandes incêndios e queimaduras muito graves”, alerta Feriani.
O médico do Grau explica que as internações hospitalares são necessárias em casos de queimaduras de segundo grau que chegam a atingir 20% da superfície corpórea do paciente ou quando são constatadas queimaduras de terceiro grau em 5% ou mais dessa superfície corpórea. Ele ressalta também que nem sempre o contato direto com as chamas pode ser a principal consequência da manipulação imprudente do fogo. Em alguns casos, a simples inalação de fumaça que atinge altas temperaturas já pode causar graves danos físicos.
“Isso pode acontecer ao realizar atos cotidianos, como acender uma churrasqueira ou atear fogo em lixo acumulado no quintal e terrenos baldios. A fumaça quente gerada pela queima do carvão ou materiais como o plástico, quando inalada em grande quantidade, pode queimar as vias respiratórias”, diz Feriani.
(Foto: Getty Images)
Recomendações para evitar acidentes por exposição ao fogo e fumaça e o que fazer em caso de queimaduras:
- Evite manipular panelas, frigideiras e chaleiras sobre o fogão segurando crianças no colo. Mantenha os cabos dessas panelas e outros utensílios voltados para o centro do fogão ou longe do alcance de crianças.
- Mantenha velas acessas longe de cortinas, toalhas, janelas ou outros locais onde elas possam ser derrubadas pelo vento ou correntes de ar.
- Certifique-se de que a fiação elétrica da residência está em boa conservação e mantenha as tomadas protegidas.
- Não ateie fogo em pilhas de folhas de árvore, lixo e outros tipos de materiais descartáveis, seja no quintal de casa ou em terrenos baldios.
- Ao notar pequenos sinais de chamas e fumaça, a primeira medida a ser tomada é tentar apagar a chama do fogão fechando o registro de gás ou desligar a energia elétrica do local.
- Em casos de incêndios de grandes proporções, é preciso ligar para o corpo de bombeiros no telefone 193. Deixe o local imediatamente e não tente enfrentar as chamas para salvar bens materiais.
- No caso de queimaduras e bolhas, lave o local com água corrente e limpa, cubra com um pano limpo (uma toalha ou uma fralda) e procure ajuda médica.
- Não aplique, de maneira nenhuma, qualquer outra substância sobre a queimadura como pomadas, pasta de dente, pó de café, entre outros.
- No caso de queimaduras das vias respiratórias por inalação de fumaça em alta temperatura, procure um local aberto e arejado e acione o serviço de resgate. Evite ingerir água, leite ou qualquer outro tipo de bebida antes de uma avaliação médica.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
Dez pessoas morrem por mês (ou uma a cada três dias) por exposição ao fogo, chamas e fumaça no estado, mostra o levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Somente em 2011 foram registradas 2,2 mil internações causadas por queimadura em decorrência de acidentes de trabalho ou domésticos. Desse total, 120 pessoas morreram. No total, as internações custaram R$ 6 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS) paulista.
De acordo com o levantamento, o número de vítimas por queimaduras é maior entre os homens. Das internações registradas no ano passado, 64% foram de pacientes do sexo masculino, e dos 120 óbitos, o índice entre os homens foi de 59%.
Tanto entre os homens quanto entre as mulheres, o índice de internações e óbitos é maior entre as faixas etárias de 30 a 49 anos. Para o supervisor médico do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau) da Secretaria, Gustavo Feriani, as internações por exposição à fumaça, fogo e chamas, em muitos casos, ocorrem em consequência de acidentes domésticos como descuidos no manuseio de churrasqueiras, panelas sobre o fogão e velas.
“Algumas pessoas possuem o hábito de deixar velas acesas perto de janelas com cortinas ou adormecer no sofá ou na cama com o cigarro acesso na mão. Atitudes como essas podem oferecer um grande risco já que pequenas chamas também podem gerar grandes incêndios e queimaduras muito graves”, alerta Feriani.
O médico do Grau explica que as internações hospitalares são necessárias em casos de queimaduras de segundo grau que chegam a atingir 20% da superfície corpórea do paciente ou quando são constatadas queimaduras de terceiro grau em 5% ou mais dessa superfície corpórea. Ele ressalta também que nem sempre o contato direto com as chamas pode ser a principal consequência da manipulação imprudente do fogo. Em alguns casos, a simples inalação de fumaça que atinge altas temperaturas já pode causar graves danos físicos.
“Isso pode acontecer ao realizar atos cotidianos, como acender uma churrasqueira ou atear fogo em lixo acumulado no quintal e terrenos baldios. A fumaça quente gerada pela queima do carvão ou materiais como o plástico, quando inalada em grande quantidade, pode queimar as vias respiratórias”, diz Feriani.
(Foto: Getty Images)
No caso de queimaduras e bolhas, o indicado é lavar o local com água corrente e limpa, cobrir com um pano e logo em seguida procurar ajuda médica |
- Evite manipular panelas, frigideiras e chaleiras sobre o fogão segurando crianças no colo. Mantenha os cabos dessas panelas e outros utensílios voltados para o centro do fogão ou longe do alcance de crianças.
- Mantenha velas acessas longe de cortinas, toalhas, janelas ou outros locais onde elas possam ser derrubadas pelo vento ou correntes de ar.
- Certifique-se de que a fiação elétrica da residência está em boa conservação e mantenha as tomadas protegidas.
- Não ateie fogo em pilhas de folhas de árvore, lixo e outros tipos de materiais descartáveis, seja no quintal de casa ou em terrenos baldios.
- Ao notar pequenos sinais de chamas e fumaça, a primeira medida a ser tomada é tentar apagar a chama do fogão fechando o registro de gás ou desligar a energia elétrica do local.
- Em casos de incêndios de grandes proporções, é preciso ligar para o corpo de bombeiros no telefone 193. Deixe o local imediatamente e não tente enfrentar as chamas para salvar bens materiais.
- No caso de queimaduras e bolhas, lave o local com água corrente e limpa, cubra com um pano limpo (uma toalha ou uma fralda) e procure ajuda médica.
- Não aplique, de maneira nenhuma, qualquer outra substância sobre a queimadura como pomadas, pasta de dente, pó de café, entre outros.
- No caso de queimaduras das vias respiratórias por inalação de fumaça em alta temperatura, procure um local aberto e arejado e acione o serviço de resgate. Evite ingerir água, leite ou qualquer outro tipo de bebida antes de uma avaliação médica.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
Queimaduras matam 1 a cada 3 dias em SP
Reviewed by Redação
on
3/23/2012 11:49:00 AM
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