Evento reúne tatuadores do Brasil e do mundo em SP

Cerca de 5.000 mil pessoas passaram pelo 7º São Paulo Tattoo Festival

Por Diego Martins
De São Paulo / Capital

(Foto: Marcia Soares / Telenotícias)

O último fim de semana na capital paulista foi bem agitado. Tatuadores do Brasil e do mundo, além de fãs da arte corporal tiveram a oportunidade de trocar experiências e ficar por dentro das últimas novidades deste mercado, que cresce cerca de 20% ao ano no país, segundo o Sindicato das Empresas de Tatuagem e Body Piercing do Brasil (Setap-BR).

(Foto: Marcia Soares / Telenotícias)

Polaco

O 7º São Paulo Tattoo Festival reuniu cerca de 5.000 mil pessoas durante os dois dias de evento: sábado (24) e domingo (25), com o intuito de “fazer um intercâmbio com artistas internacionais e trazer renomados tatuadores do Brasil. E a partir daí fazer um encontro de cultura e arte”, resumiu o organizador da feira, Elcio Sespede (conhecido como Polaco no ramo de tatuagem).

O evento contou com a presença de tatuadores de vários estados brasileiros e de países como Tailândia, Japão, Áustria, Alemanha, Portugal e Espanha. “É bem legal, evento em São Paulo rola tatuadores bem tops. Dá para dividir conhecimento”, disse a tatuadora Monique Peres, que veio de São Carlos, interior de São Paulo.

(Foto: Diego Martins / Telenotícias)

Monique Peres

Na área em que grande parte dos profissionais é formada por homens, a moça não se sente intimidada. “Eu tatuo há 7 anos. Sempre tive muito trabalho. O pessoal até gosta, acha que a mulher é mais delicada, tem mais criatividade. Nunca enfrentei nenhum preconceito”, ressaltou.

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O jovem Henrique Soares desde pequeno sempre gostou de tatuagem, principalmente por causa dos desenhos. “As tatuagens que eu tenho tratam de coisas da minha vida. Tento colocar em cada desenho um pouco do que passei e do que eu gostaria que o mundo melhorasse”, explicou.

Sobre o festival, ele é enfático: “Sempre gosto de ir a eventos de tatuagem para rever os amigos. Curto muito as artes corporais. Acho bem interessante ter grupos distintos em um mesmo espaço. É possível ver alguns da cultura do rap, outros da cultura punk, isso é muito bacana, todos num mesmo espaço se respeitando”, contou Soares, que veio de Belo Horizonte/MG.

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A paulistana Naira Pereira também aproveitou para rever colegas. “Participo de convenção de tatuagem porque sempre tem amigos de fora de São Paulo. É legal para rever as pessoas que você gosta”, disse.

E para as pessoas que ainda tratam a tatuagem como algo anormal, Naira explica que sempre busca o respeito mútuo. “O corpo é um suporte da arte. Então falar de arte não é falar de anormalidade. Eu sou calma, porque esperam de mim um comportamento agressivo, eu não entendo esse pensamento, mas respeito, porque acho que é isso que teriam que ter comigo”, ponderou.

Porém, a jovem acredita que o preconceito tem diminuído: “a tatuagem antes era marginalizada, agora não tem mais isso. Você vê pessoas tatuadas de todas as classes sociais”, concluiu.