A integração da Linha 4 – Amarela do Metrô gerou economia de tempo para quem sai do bairro para o centro da cidade e vice-versa. Porém, o desvio dos itinerários dos ônibus que percorriam o mesmo trajeto ocasiona superlotação na linha do Metrô
(Foto: divulgação)
A mudança que a SPTrans realizou em algumas linhas do transporte público no final no início do ano está causando polêmica entre passageiros do Metrô e dos ônibus que circulam pela região de Pinheiros. Ao todo, foram alterados 17 itinerários de coletivos que trafegam na zona Oeste de São Paulo. Foram extintas diversas linhas que antes seguiam para o terminal Bandeira ou ao Metrô Anhangabaú, no centro da cidade. Com a falta desse tipo de transporte, a maioria dos usuários migrou para a Linha Amarela, causando superlotação em várias estações nos horários de pico.
Márcia Brandão mora na zona Leste e trabalha em Pinheiros. Ela informa que a Linha 4 - Amarela ajudou a diminuir o tempo nas conduções. “Com o novo Metrô, economizo pelo menos uma hora no trajeto ao trabalho. Antes, quando dependia dos ônibus que pegava próximo da estação Anhangabaú, eu levava até uma hora em dias chuvosos para chegar em Pinheiros. Minha alegria, porém durou pouco, pois hoje sofro com a superlotação!”, reclama.
Apesar de enxergar muitos aspectos positivos com a operação do Metrô na região, Márcia mostra preocupação com a mudança das rotas de ônibus pela SPTrans. Ela diz que, ao ir para casa, algumas vezes, o Metrô apresenta problemas técnicos que inviabilizam o funcionamento eficiente do transporte. Problemas elétricos, por exemplo, tem acontecido com mais frequência nessa linha e levam tempo para serem solucionados. “Se não consigo utilizar o Metrô para retornar para casa, tenho que pegar um ônibus até o Anhangabaú. Se com as linhas de ônibus antigas já havia demora e superlotação, imagine agora com a diminuição das linhas?”, indaga Márcia.
Elaine Pereira também mora do outro lado da cidade, em São Miguel Paulista, na zona Leste e usufrui da Linha Amarela do Metrô. “Com menos ônibus para transportar cidadãos ao centro da cidade, presumo que mais pessoas utilizem o Metrô para fazer a viagem, por isso a nova linha já está saturada”, garante. Para Elaine a situação é muito preocupante porque, segundo ela, “a linha que já é cheia nos horários de pico, sem a complementação do transporte, por via terrestre, está ainda mais lotada”, relata.
Mais desgastante é a situação da estagiária Bruna Flores. Ela sai todos os dias de São Bernardo do Campo, na Grande SP. Usa a Linha Verde do Metrô e faz transbordo para a Linha Amarela no ramal Paulista, mais precisamente na estação Consolação. “As pessoas parecem robôs enfileirados na pista rolante no acesso entre as duas conexões. Há pouco espaço para tanta gente junta. Agora sei precisamente o significado da frase ‘sardinha em lata’. Ainda não me acostumei. Já chego ao trabalho cansada”, revela.
Além delas, outra reclamante é Clarice Pereira, usuária do transporte intermunicipal. Todas as vezes que visita a mãe, na cidade de Osasco (SP), ela, que é moradora do bairro de Pinheiros, precisa trocar de coletivos, quatro vezes para chegar ao destino.
“Antes eu pegava um intermunicipal atrás da igreja do Largo de Pinheiros e descia na porta da casa de minha mãe, em trinta e cinco minutos. Só que agora, esse ônibus para na estação Butantã do Metrô, muito longe para ir a pé. Então tenho que pegar o Metrô na Faria Lima, andar duas estações para embarcar no ponto final do coletivo intermunicipal. Mas como ele circula apenas de hora em hora, é menos ruim descer uma estação antes, em Pinheiros, e lá fazer o transbordo para a CPTM até Osasco. Nessa estação tenho que pegar outro trem até a estação Comandante Sampaio, no ramal que vai para Itapevi, e depois ainda pegar um ônibus municipal até o bairro de minha mãe”, enumera Clarice.
Ela reclama que não apenas as múltiplas integrações são cansativas, como também duplicou o tempo de viagem e o valor das passagens. “Hoje levo mais de uma hora no trajeto e ainda sou obrigada a gastar R$ 5,90 por percurso. Com o intermunicipal eu pagava apenas R$ 3,50 a passagem”, explica.
Entre tantas reclamações, também há aqueles que se sentem beneficiados pela facilidade de integração da linha Amarela do Metrô com os trens da CPTM. Uma delas é Ágatha Barbosa. Ela mora na zona Sul de São Paulo. Antes da opção pelo Metrô, ela levava duas horas e meia para chegar ao trabalho. Com as novas estações integradas, Ágatha economiza uma hora no percurso. “Não preciso ficar esperando ônibus na avenida Faria Lima e como ando apenas uma estação, da Faria Lima até Pinheiros, para pegar o trem não pego transporte tão lotado”. Para ela, a integração do transporte poupa tempo, estresse e sufoco.
Fonte: Link Portal da Comunicação
(Foto: divulgação)
Mudanças nas linhas de ônibus podem causar superlotação na Linha Amarela de metrô |
Márcia Brandão mora na zona Leste e trabalha em Pinheiros. Ela informa que a Linha 4 - Amarela ajudou a diminuir o tempo nas conduções. “Com o novo Metrô, economizo pelo menos uma hora no trajeto ao trabalho. Antes, quando dependia dos ônibus que pegava próximo da estação Anhangabaú, eu levava até uma hora em dias chuvosos para chegar em Pinheiros. Minha alegria, porém durou pouco, pois hoje sofro com a superlotação!”, reclama.
Apesar de enxergar muitos aspectos positivos com a operação do Metrô na região, Márcia mostra preocupação com a mudança das rotas de ônibus pela SPTrans. Ela diz que, ao ir para casa, algumas vezes, o Metrô apresenta problemas técnicos que inviabilizam o funcionamento eficiente do transporte. Problemas elétricos, por exemplo, tem acontecido com mais frequência nessa linha e levam tempo para serem solucionados. “Se não consigo utilizar o Metrô para retornar para casa, tenho que pegar um ônibus até o Anhangabaú. Se com as linhas de ônibus antigas já havia demora e superlotação, imagine agora com a diminuição das linhas?”, indaga Márcia.
Elaine Pereira também mora do outro lado da cidade, em São Miguel Paulista, na zona Leste e usufrui da Linha Amarela do Metrô. “Com menos ônibus para transportar cidadãos ao centro da cidade, presumo que mais pessoas utilizem o Metrô para fazer a viagem, por isso a nova linha já está saturada”, garante. Para Elaine a situação é muito preocupante porque, segundo ela, “a linha que já é cheia nos horários de pico, sem a complementação do transporte, por via terrestre, está ainda mais lotada”, relata.
Mais desgastante é a situação da estagiária Bruna Flores. Ela sai todos os dias de São Bernardo do Campo, na Grande SP. Usa a Linha Verde do Metrô e faz transbordo para a Linha Amarela no ramal Paulista, mais precisamente na estação Consolação. “As pessoas parecem robôs enfileirados na pista rolante no acesso entre as duas conexões. Há pouco espaço para tanta gente junta. Agora sei precisamente o significado da frase ‘sardinha em lata’. Ainda não me acostumei. Já chego ao trabalho cansada”, revela.
Além delas, outra reclamante é Clarice Pereira, usuária do transporte intermunicipal. Todas as vezes que visita a mãe, na cidade de Osasco (SP), ela, que é moradora do bairro de Pinheiros, precisa trocar de coletivos, quatro vezes para chegar ao destino.
“Antes eu pegava um intermunicipal atrás da igreja do Largo de Pinheiros e descia na porta da casa de minha mãe, em trinta e cinco minutos. Só que agora, esse ônibus para na estação Butantã do Metrô, muito longe para ir a pé. Então tenho que pegar o Metrô na Faria Lima, andar duas estações para embarcar no ponto final do coletivo intermunicipal. Mas como ele circula apenas de hora em hora, é menos ruim descer uma estação antes, em Pinheiros, e lá fazer o transbordo para a CPTM até Osasco. Nessa estação tenho que pegar outro trem até a estação Comandante Sampaio, no ramal que vai para Itapevi, e depois ainda pegar um ônibus municipal até o bairro de minha mãe”, enumera Clarice.
Ela reclama que não apenas as múltiplas integrações são cansativas, como também duplicou o tempo de viagem e o valor das passagens. “Hoje levo mais de uma hora no trajeto e ainda sou obrigada a gastar R$ 5,90 por percurso. Com o intermunicipal eu pagava apenas R$ 3,50 a passagem”, explica.
Entre tantas reclamações, também há aqueles que se sentem beneficiados pela facilidade de integração da linha Amarela do Metrô com os trens da CPTM. Uma delas é Ágatha Barbosa. Ela mora na zona Sul de São Paulo. Antes da opção pelo Metrô, ela levava duas horas e meia para chegar ao trabalho. Com as novas estações integradas, Ágatha economiza uma hora no percurso. “Não preciso ficar esperando ônibus na avenida Faria Lima e como ando apenas uma estação, da Faria Lima até Pinheiros, para pegar o trem não pego transporte tão lotado”. Para ela, a integração do transporte poupa tempo, estresse e sufoco.
Fonte: Link Portal da Comunicação
Redução das linhas de ônibus Butantã-Centro aflige usuários
Reviewed by Redação
on
2/15/2012 12:23:00 PM
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