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Editorial: Eis o cartolão

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(Foto: divulgação)
Até quando?
A reportagem assinada por Daniela Pinheiro, publicada pela revista Piauí, em sua última edição, sobre o homem mais poderoso do futebol nacional, é uma afronta. Sim, após falar tudo o que disse, sem o menor pudor, o cartolão explicitou sua face repugnante, que sempre esteve atrás das cortinas do silêncio diante as diversas acusações.

O Ricardo Teixeira que se viu descrito na matéria, sem escrúpulos e com um linguajar soberbo, típico daqueles que, tomados pela sede de poder, anulam qualquer possibilidade de inocência, é o mesmo que comanda a Confederação Brasileira de Futebol há anos e que, para chegar lá, teve como principal e único atributo ser genro de João Havelange, outro em que as suspeitas dizem por si só.

Suas declarações à jornalista - parte delas reproduzidas abaixo – é um escárnio. O homem que, também, é o presidente do Comitê Organizador da Copa de 2014 se blinda na certeza da impunidade. Ter a convicção de que as ações dos que o denunciam são ineficazes só não é melhor, para ele, do que ter as trocas de favores com a maior e mais assistida emissora do país sempre atendidas. E todos sabem, todos veem e absolutamente nada muda. É assim há tempos.

Até quando o futebol brasileiro será refém desse sujeito? Talvez até o nosso povo se tornar imune ao vírus da passividade. Eis, aqui, o que disse o cartolão:

“Caguei montão [para as denúncias da imprensa]. O neguinho do Harlem olha para o carrão do branco e fala: quero um igual? O negro não quer que o branco se foda e perca o carro. Mas no Brasil não é assim. É essa coisa de quinta categoria”.


“Meu amor, já falaram tudo de mim: que eu trouxe contrabando em avião da seleção, a CPI da Nike e a do Futebol, que tem sacanagem na Copa de 2014. É tudo da mesma patota, UOL, Folha, Lance, ESPN, que fica repetindo as mesmas merdas.”


“Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015. E aí, acabou.”


“Esse UOL só dá traço. Quem lê o Lance? Oitenta mil pessoas? Traço. Quem vê essa ESPN? Traço.” 
“Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional.”
“Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito com a Globo.”
Editorial: Eis o cartolão Editorial: Eis o cartolão Reviewed by Alisson Matos on 7/12/2011 11:37:00 AM Rating: 5

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