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De Olho no Lance: Noite histórica e um vencedor - o Futebol

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Por Alisson Matos

(Foto: Eliaria Andrade / Ag. O Globo)
Em tempo: na noite da redenção, o Flamengo
segue invicto na competição
As vozes que saiam das arquibancadas ecoavam pelos quatro cantos do país e pareciam profetizar algo mágico. Era dia de Santos x Flamengo, numa Vila Belmiro que é encantadora por natureza.

Os prenúncios de um grande duelo vieram acompanhados de uma nostalgia inexplicável. Não se sabe o motivo e dificilmente se descobrirá o que levou os torcedores a uma catarse coletiva sem tamanho. Pareciam adivinhar que algo histórico ocorreria.

A bola rolou e o time da casa, enfim completo, após a Copa América, dava o tom da partida. Tanto que, aos 4 minutos, num passe na medida de Elano, Borges fez o primeiro num belo arremate, para a alegria da maior parte da torcida presente no espetáculo.


Bonita, também, fora a jogada de Ronaldinho Gaúcho, que, logo em seguida, só não empatou porque o goleiro santista parecia viver uma noite daquelas inesquecíveis.

O jogo era intenso, mas o Flamengo ainda buscava o equilíbrio. Em vão, pois, aos 15, Ganso fez o que dele se esperava, achou Neymar que, num lance em que a sorte passou a ser santista, deu a chance ao parceiro de ataque que não desperdiçou. Era o segundo do Santos. Foi o segundo gol de Borges.

A essa altura, o Santos corria atrás do seu sonho e o Flamengo fugia do seu pesadelo. Deivid, aos 21, perdeu uma chance de ouro. Quatro minutos depois, Neymar, que infernizava o setor defensivo carioca, fez jogada de craque e marcou um gol daqueles dignos de placa.

Se até então, nos pés do ataque santista, a bola era o instrumento mais lúdico que se pode imaginar, lá atrás, numa falha do goleiro e de Edu Dracena, Ronaldinho Gaúcho aproveitou e diminuiu. A equipe carioca cresceu na partida. A prova é tanta que, no lance seguinte, Tiago Neves, em jogada de Léo Moura, fez a esperança de o empate surgir.

E quando parecia que o time de Luxemburgo empataria, o árbitro viu pênalti em Neymar. Na bola, Elano, que jogou longe uma penalidade na Copa América. E, dessa vez, sem ter como colocar a culpa no gramado, o volante foi para a bola tão displicente que o arqueiro rubro-negro só não defendeu como, de quebra, fez algumas embaixadinhas.

Foi a deixa para o Flamengo renascer como uma fênix e Deivid se redimir. Num escanteio, cobrado pelo camisa 10 da Gávea, o atacante cabeceou e empatou. O fim da primeira etapa chegou sob aplausos e satisfação.

O segundo tempo começou com o mesmo diapasão. Aos 5, Neymar, o diabo santista, em falha de David, colocou o Peixe de novo na frente. Era o quarto gol santista. Lá atrás, o goleiro Rafael tirava o empate da cabeça de Deivid. Já Edu Dracena, fazia pênalti em Ronaldinho. O apitador mandou o jogo seguir. Daí, Luxemburgo foi Luxemburgo e começou a reclamação. E, dessa vez, o treinador estava coberto de razão.

Com o jogo lá e cá, o juiz observou uma falta na entrada da área a favor do Flamengo. O Ronaldinho, hoje muito mais carioca do que gaúcho, cobrou com maestria, por baixo da barreira e empatou, de novo, o jogaço.

O placar e a postura das equipes já faziam do espetáculo uma partida histórica, épica. E como em embates como esse alguém deve ser premiado, o mais recente ídolo da Guanabara marcou seu terceiro gol na partida, o quinto do Flamengo e deu números finais ao duelo.

A noite de 27 de julho de 2011 ficará marcada eternamente na memória dos amantes do ludopédio. Um 5x4 no qual o Santos não sai massacrado, muito menos o Flamengo glorificado. Na noite histórica houve, somente, um vencedor: o Futebol.
De Olho no Lance: Noite histórica e um vencedor - o Futebol De Olho no Lance: Noite histórica e um vencedor - o Futebol Reviewed by Alisson Matos on 7/28/2011 02:13:00 AM Rating: 5

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