Oposição que pedia afastamento do prefeito é derrotada
Por Amanda Cotrim
Campinas/SP
Na noite desta quarta feira (15), a Câmara Municipal de Campinas votou sobre o requerimento que pedia o afastamento do prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT). Para que ele fosse afastado do cargo era preciso que 2/3 dos vereadores da Câmara votasse a favor do afastamento. Porém, os números nao atingiram o esperado pela oposição. O vereador de Arthur Orsi (PSDB) foi o relator do processo.
A sessão começou às 18h, mas a votação só aconteceu perto das 22h. Cerca de quatro horas antes do início, 500 pessoas já tomavam a Avenida Saudade, onde fica a Câmara de Vereadores, para se manifestarem contra e a favor do prefeito Helio de Oliveria Santos. Houve confusão e confronto entre os manifestantes que defendiam posições distintas. Estavam presentes: sindicalistas, estudantes, artistas e populares.
Uma noite histórica para a política campineira já dava sinais de vida. E que vida. A Câmara estava lotada. Todos queriam ver de perto a sessão que decidiria sobre o futuro da cidade. Mas, o espaço físico permitiu que somente 400 pessoas acompanhassem a votação dentro do plenário, e outras 200 ficaram do lado de fora, assistindo por meio de um telão. Foi possível também, acompanhar a sessão pela TV Câmara e por veículos de imprensa da região.
Os vereadores estavam exaltados, de ambos os lados. A oposição em alguns momentos gritou, disse ironias, e trocou acusações. A situação, por sua vez, provocou as pessoas que estavam no plenário, com a frase: "Tem gente que não sabe para que e nem porque está aqui". O clima era tenso. Enquanto isso, via Twitter, o prefeito dizia : "Máscara da traição compara história de dois monjes dominicanos que na Inquisicão mostra opções da fogueira e máscara metálica da humilhação!".
Algumas vezes a sessão era interrompida para que o legislativo votasse outras pautas. Mas o que todos aguardavam era a votação histórica. O circo estava montado, mas o ápice estava por vir. De maneira tímida, a Câmara divulgou o nome de cada vereador e o seu voto. Ao final, 16 vereadores votaram a favor do afastamento do prefeito de Campinas e 15 votaram contra, totalizando 31 vereadores - dois não votaram, porque estavam ausentes. Como era necessário 22 votos para que o prefeito Hélio de Oliveira Santos fosse afastado do cargo, que ocupa desde 2005 - com reeleição em 2008, a sessão terminou com derrota da oposição.
Logo depois do resultado, o prefeito tuitou: "Ato histórico dos vereadores que rejeitaram peça Inconstitucional. Golpe político comparável aos regimes de exceção que afrontam a democracia".
O governo municipal é investigado pelo Ministério público, com a suspeita de que a chefe de gabinete da cidade, e primeira dama, Roseli Nassim Jorge Santos, o vice-prefeito, Demétrio Vilagra (PT), secretários municipais e empresários, teriam participação em um grande esquema de fraudes em contratos públicos da Sanasa (empresa de abastecimento de água), além de formação de quadrilha.
Por Amanda Cotrim
Campinas/SP
A Câmara da cidade ficou lotada |
A sessão começou às 18h, mas a votação só aconteceu perto das 22h. Cerca de quatro horas antes do início, 500 pessoas já tomavam a Avenida Saudade, onde fica a Câmara de Vereadores, para se manifestarem contra e a favor do prefeito Helio de Oliveria Santos. Houve confusão e confronto entre os manifestantes que defendiam posições distintas. Estavam presentes: sindicalistas, estudantes, artistas e populares.
Uma noite histórica para a política campineira já dava sinais de vida. E que vida. A Câmara estava lotada. Todos queriam ver de perto a sessão que decidiria sobre o futuro da cidade. Mas, o espaço físico permitiu que somente 400 pessoas acompanhassem a votação dentro do plenário, e outras 200 ficaram do lado de fora, assistindo por meio de um telão. Foi possível também, acompanhar a sessão pela TV Câmara e por veículos de imprensa da região.
Os vereadores estavam exaltados, de ambos os lados. A oposição em alguns momentos gritou, disse ironias, e trocou acusações. A situação, por sua vez, provocou as pessoas que estavam no plenário, com a frase: "Tem gente que não sabe para que e nem porque está aqui". O clima era tenso. Enquanto isso, via Twitter, o prefeito dizia : "Máscara da traição compara história de dois monjes dominicanos que na Inquisicão mostra opções da fogueira e máscara metálica da humilhação!".
Algumas vezes a sessão era interrompida para que o legislativo votasse outras pautas. Mas o que todos aguardavam era a votação histórica. O circo estava montado, mas o ápice estava por vir. De maneira tímida, a Câmara divulgou o nome de cada vereador e o seu voto. Ao final, 16 vereadores votaram a favor do afastamento do prefeito de Campinas e 15 votaram contra, totalizando 31 vereadores - dois não votaram, porque estavam ausentes. Como era necessário 22 votos para que o prefeito Hélio de Oliveira Santos fosse afastado do cargo, que ocupa desde 2005 - com reeleição em 2008, a sessão terminou com derrota da oposição.
Logo depois do resultado, o prefeito tuitou: "Ato histórico dos vereadores que rejeitaram peça Inconstitucional. Golpe político comparável aos regimes de exceção que afrontam a democracia".
O governo municipal é investigado pelo Ministério público, com a suspeita de que a chefe de gabinete da cidade, e primeira dama, Roseli Nassim Jorge Santos, o vice-prefeito, Demétrio Vilagra (PT), secretários municipais e empresários, teriam participação em um grande esquema de fraudes em contratos públicos da Sanasa (empresa de abastecimento de água), além de formação de quadrilha.
Campinas tem noite histórica na política
Reviewed by Alisson Matos
on
6/16/2011 12:04:00 AM
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