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De Olho no Lance: Na pressão, na raça e no coração

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Por Alisson Matos

(Foto: André Durão/globoesporte.com)
Jogadores do Vasco comemoram a conquista da Copa do Brasil
Pela primeira vez um time carioca decidia a Copa do Brasil contra uma equipe paranaense. E se no jogo de ida o Vasco saiu na frente do Coritiba com Alecssandro, no de volta a receita se repetiu, aos 12 minutos, em bela jogada de Éder Luís.

O placar era suficiente para a tranqüilidade reinar no Couto Pereira. E foi o que houve, ao menos, por um instante. A acomodação natural dos que vencem deu as caras e a equipe de Ricardo Gomes provou do próprio veneno.

O Coritiba despertou e a prova é tanta que o estádio quase veio abaixo quando o time passou a fazer valer aquela história de que quem manda é quem joga em seu território. Tanto que, aos 29 minutos, Bill empatou de cabeça.

Marcelo Oliveira, preocupado, já havia colocado o atacante Leonardo. A ordem era uma só: atacar. O tempo passava, a pressão aumentava e tudo que dava certo para o Vasco passou a dar errado. A equipe carioca era o símbolo do desespero e os paranaenses da angústia. A calorosa torcida sentiu o bom momento do time. E o incentivo se tornou esperança de vez quando David virou o jogo aos 44.

O segundo tempo seria de pura expectativa para os paranaenses e drama para os cariocas. A bola rolou. Antes dos 10 minutos, Bill já havia cometido duas faltas. A ingenuidade do atacante só não foi maior do que a conivência do árbitro. O time da casa pressionava, ia para cima e buscava a qualquer custo mais um gol. Era o necessário.

Mas pobres dos que achavam que o time da colina estava morto. No momento mais adverso, até então, Éder Luís empatou novamente e fez a imensa torcida tão feliz ter um alívio. O jogo já era intenso. Pressão para os dois lados e nada decidido. O Coritiba precisava de mais dois gols. E, aos 21, William ressuscitou o Coxa ao fazer um golaço.

E se a história do futebol se faz nas grandes decisões ficou provado no embate. A decisão era empolgante como deve ser no esporte. Ricardo Gomes tirou Felipe, exausto, e Diego Sousa. Vieram Bernardo e Jumar. O relógio passou a ser aliado dos vascaínos e inimigo dos torcedores do alviverde. O nervosismo tomava conta dos corações daqueles que acompanhavam. E se quem assistia já sofria, imaginem quem jogava.

Do banco, Felipe e Diego Sousa sequer olhavam para o gramado. Queriam, a todo custo, o fim da decisão. Os minutos pareciam uma eternidade. Os espaços dados pelo Vasco eram aproveitados pelo Coritiba. Bill perdeu gol feito. Leonardo fez feio e chutou nas nuvens. Nos lances seguintes, Eder Luis e Bernardo só não fecharam o caixão do adversário porque tudo que é sofrido é mais valoroso.

O árbitro deu quatro minutos de acréscimo. Eram os derradeiros minutos que separavam a caravela mais brasileira que portuguesa de um título, após oito anos. Era um sonho que viraria realidade. Os paranaenses, guerreiros, não desistiam. Mas o jogo era daqueles em que nem os deuses do futebol se intrometeriam, pois estava escrito nas estrelas dos campeões.

E o fim do jogo veio. Ouve-se, hoje, por todo o Brasil, depois de alguns anos, o hino do Clube de Regatas Vasco da Gama. Despertaram um gigante. O Vasco na pressão, na raça e no coração renasceu. E agora, pelo visto, voltou para ficar.
De Olho no Lance: Na pressão, na raça e no coração De Olho no Lance: Na pressão, na raça e no coração Reviewed by Diego Martins on 6/09/2011 12:42:00 AM Rating: 5

3 comentários

  1. Vasco!! O CAMPEAOO VOLTOU!!
    obs: prximo titulo sulamerica =D

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  2. perfeita analise sobre o Bil e a conivência do Salvio. Alias, penalti questionavel a favor do coritiba. Bom texto, mas nao acho que estava escrito nas estrelas hahhaaha....nao viaja na maionese da poesia rsrsrsr. Eder luiz ótimo! conseguiu algumas vezes deixar varios marcadores pra tras, além do gol. Coritiba guerreiro!!! impressionante!!!! nunca esteve classificado durante o jogo, mas sempre esteve perto da classificação. Jogaço, aço, aço!!! daqueles que é impossivel nao torcer por algum dos times. O meu, claro, era o alvi-verde.
    Campeonato da copa do brasil é muito dificil, o sp percebeu isso; entendeu que o caminho mais facil pra libertadores é o campeonato brasileiro, e nao o mais curto, como é a c. do brasil.
    Regulamento que deve ser revisto!! O Brasil precisa parar de agir como colonia da Europa e copiar TUDO que eles fazem, principalmente no futebol.

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  3. Excelente texto! Mesmo quem não assistiu ao jogo sente a emoção desta final em cada palavra. Parabéns!

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