De Olho no Lance: Noite dos Empates

Por Alisson Matos

(Foto: EFE)

Neymar disputa a bola na partida contra o Once Caldas

O jogo mais importante para o futebol brasileiro nesta quarta-feira começou com o Santos pressionando o Once Caldas que, acuado, viu Neymar abrir o placar no Pacaembu com mais de 33 mil empolgados torcedores, numa noite fria na capital paulista. 

Mas o clima gelado parece ter afetado o brio dos santistas que, como é costume ocorrer com atletas comandados por Muricy, deixaram de ser objetivos ao extremo, característica louvável do time de Neymar & Cia, presente desde o tempo em que o Rei atuava.

E fazendo jus à frase de que a bola pune, o time colombiano empatou, com Rentéria, e fez a já sibérica noitada ficar ainda mais incômoda para os santistas.

 

Daí em diante, o que se teve fora sufoco e sustos, pois o Santos, dono da bola, da partida e do talento, era superior, mas o Once Caldas, munido do imponderável e do discurso do tudo ou nada, chegava, embora poucas vezes, com perigo à meta de Rafael. 

Sem Ganso, Neymar reinava e fazia dos adversários o que bem entendia. Chances para o segundo gol não faltaram, porém por displicência de alguns e má fase de outros o placar não se alterou. A equipe santista, que já havia perdido seu maestro e o lateral Jhonatan devido a série de partidas, agora perdeu Alan Patrick, que machucou e deu lugar a Pará. 

 

O segundo tempo começou assim como terminou o primeiro, com o alvinegro intrépido e os colombianos na busca pelo segundo milagre do torneio. Mas a pressão, os gols perdidos e o sofrimento tomaram conta do jogo e o que era festa se tornou desespero para quem se encolhia nas arquibancadas do estádio.

A classificação veio à la Muricy Ramalho com doses de retranca e tensão até o último minuto. Agora, o time que não tem mais a reta decisiva do Paulista terá o merecido sono dos justos.

Em tempo

Nos jogos válidos pela Copa do Brasil, Ceará e Coritiba, no Presidente Vargas lotado, não saíram do zero. Se por um lado o time de Fortaleza não sofreu gol em casa, o que lhe dá a vantagem caso balance as redes em Curitiba, por outro a equipe paranaense decidirá no Couto Pereira, seu caldeirão. Já em São Januário, o Avaí saiu na frente do Vasco. O time da Colina lutou, tentou e esbravejou até que, aos 47 minutos do segundo tempo, o juiz marcou um pênalti duvidoso a favor do escrete de Ricardo Gomes. Na cobrança, Diego Souza empatou e encheu de esperança a torcida vascaína.

Nos jogos de volta, consulte o cardiologista e prepare o seu coração (com o perdão do chavão).