Somente na capital paulista, cerca de 144 mil m³ de restos de materiais são recolhidos todos os meses; sistemas inteligentes podem ajudar a diminuir estes resíduos
Por Natalia Fontão
A imprecisão na compra, a ineficiência no processo de construção artesanal e os equívocos na elaboração e execução dos projetos, somados às perdas no transporte e no armazenamento, representam desperdício de 10% nos canteiros de obras no Brasil.
Todos os meses o Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana) da capital paulista recolhe cerca de 144 mil m³ de entulho. Extra-oficialmente estima-se que essa quantidade seja três vezes maior. Dos materiais descartados, 65% são produtos inertes como argamassas, concretos e telhas.
O fato chama a atenção de ambientalistas e vira problema de saúde pública em grandes centros urbanos, que encontra dificuldades na deposição dos resíduos. Em poucos anos, estima-se que a escassez de lugares para descarte elevará o preço para aterrar o material.
Além da reciclagem, que favorece o reaproveitamento do concreto estrutural de RCD (resíduos de construção e demolição) e de centrais dosadoras em relação aos tijolos cerâmicos e argamassas, a alternativa ecologicamente correta é o uso intensivo de sistemas inteligentes, automatizados, eliminando as improvisações nos canteiros e otimizando o custo.
O uso de sistemas construtivos como o das paredes duplas, por exemplo, garante o controle e o gerenciamento simplificado da obra, reduzindo o tempo efetivo de execução do projeto e envolvendo menos mão-de-obra, o que em última análise também significa menos riscos de acidentes. O layout fica enxuto, já que o sistema não requer estocagem de grandes quantidades de materiais.
(Foto: divulgação)
Para Fabio Casagrande, diretor da Sudeste® - empresa de pré-fabricados na área de construção civil, divulgar as vantagens construtivas e as possibilidades arquitetônicas é imperativo para que a industrialização do setor da construção no Brasil atinja níveis comparáveis a de países mais desenvolvidos. “A construção precisa de uma base lógica. Se você pega uma parede dupla, por exemplo, pode inserir materiais nos vãos, como resíduos de pneus agregados ao concreto, ajudando a diminuir o descarte de um material que já não teria serventia alguma”.
De acordo com Casagrande, a tecnologia paredes duplas resultam peças com maior capacidade de carga, o que evita deformações e fissuras, patologias mais comuns no sistema construtivo convencional.
Quanto à geração de resíduos é importante que esta seja uma preocupação ainda na fase inicial do projeto, em sua concepção. A racionalização dos materiais e a eficiência serão determinantes para uma obra limpa e sem prejuízos, o que certamente garantirá economia no bolso e melhor qualidade de vida, em razão de menos poluição ao ambiente.
Por Natalia Fontão
A imprecisão na compra, a ineficiência no processo de construção artesanal e os equívocos na elaboração e execução dos projetos, somados às perdas no transporte e no armazenamento, representam desperdício de 10% nos canteiros de obras no Brasil.
Todos os meses o Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana) da capital paulista recolhe cerca de 144 mil m³ de entulho. Extra-oficialmente estima-se que essa quantidade seja três vezes maior. Dos materiais descartados, 65% são produtos inertes como argamassas, concretos e telhas.
O fato chama a atenção de ambientalistas e vira problema de saúde pública em grandes centros urbanos, que encontra dificuldades na deposição dos resíduos. Em poucos anos, estima-se que a escassez de lugares para descarte elevará o preço para aterrar o material.
Além da reciclagem, que favorece o reaproveitamento do concreto estrutural de RCD (resíduos de construção e demolição) e de centrais dosadoras em relação aos tijolos cerâmicos e argamassas, a alternativa ecologicamente correta é o uso intensivo de sistemas inteligentes, automatizados, eliminando as improvisações nos canteiros e otimizando o custo.
O uso de sistemas construtivos como o das paredes duplas, por exemplo, garante o controle e o gerenciamento simplificado da obra, reduzindo o tempo efetivo de execução do projeto e envolvendo menos mão-de-obra, o que em última análise também significa menos riscos de acidentes. O layout fica enxuto, já que o sistema não requer estocagem de grandes quantidades de materiais.
(Foto: divulgação)
Sistemas mais inteligentes, como a das 'paredes duplas', diminuem o entulho e são ecologicamente corretos |
De acordo com Casagrande, a tecnologia paredes duplas resultam peças com maior capacidade de carga, o que evita deformações e fissuras, patologias mais comuns no sistema construtivo convencional.
Quanto à geração de resíduos é importante que esta seja uma preocupação ainda na fase inicial do projeto, em sua concepção. A racionalização dos materiais e a eficiência serão determinantes para uma obra limpa e sem prejuízos, o que certamente garantirá economia no bolso e melhor qualidade de vida, em razão de menos poluição ao ambiente.
Um em cada dez tijolos vira entulho em canteiros de obras no Brasil
Reviewed by Diego Martins
on
2/25/2011 07:30:00 AM
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