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Tributos e falta de profissionais limitam o crescimento da indústria de jogos eletrônicos no país

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Debate na Fecomercio com empreendedores da indústria e especialistas aponta as principais dificuldades para a expansão do mercado

Por Clarisse Ferreira

A indústria de jogos eletrônicos se consolida como um dos pilares mais importantes do entretenimento no mundo e já fatura mais que o cinema. Uma pesquisa realizada no País, aponta que 4 em cada 10 brasileiros tem o hábito de jogar em celular,  computador ou console. “O potencial de mercado no Brasil é estimado em R$ 3 bilhões/ano”, afirma o presidente do Conselho de Economia Criativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), Adolfo Melito, que na manhã desta sexta-feira (25), coordenou do evento: “O Mercado de Games e Aplicativos no Brasil”, para identificar e debater problemas e possíveis soluções deste mercado.

Os empreendedores e especialistas da área são unânimes em afirmar que uma das maiores dificuldades da indústria de jogos eletrônicos e aplicativos no Brasil é a alta carga tributária que incide nesses produtos. “Hoje, o preço de um jogo no Brasil (em média R$ 200) deveria ser o de um console. Está fora da realidade”, afirma o vice-presidente de relações institucionais da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames), Emiliano de Castro.

Já o diretor editorial da Tambor Digital, André Forastieri, é enfático ao afirmar que as mudanças na postura do governo em relação ao setor precisam ser profundas. Forastieri sugere que o Brasil deve focar seus investimentos em um nicho para a produção de jogos eletrônicos e se tornar uma potência capaz de competir com os mercados norte-americano, japonês e coreano. “Tem um segmento ‘sem dono’: os jogos educacionais. É simples, barato e pode ser feito para várias plataformas”, diz.

Apesar das dificuldades de expansão devido à falta de incentivo e, muitas vezes, de mão de obra qualificada, há jovens talentos que despontam pelo país e reforçam que o potencial criativo brasileiro existe. É o caso de Pedro Henrique Franceschi, empreendedor e desenvolvedor de web e mobile. O garoto de apenas 14 anos teve que se aprofundar nos estudos de matemática, física e inglês para obter o conhecimento teórico necessário na criação dessas ferramentas. Entre os softwares de sua autoria está o Quick2GPwner, responsável pelo desbloqueio de aparelhos da Apple como o iPhone e o iPod.

Hoje, Franceschi atua no desenvolvimento de aplicativos e jogos para plataformas móveis por acreditar no potencial do segmento. “O investimento inicial em mão de obra é menor e, geralmente, o retorno é mais rápido pelo preço acessível”, explica. Outro nicho a ser explorado no mercado nacional são os “jogos sociais”, presentes em redes de relacionamento como Orkut e Facebook. “Em 2010, faturamos R$ 8 milhões, o dobro em relação a 2009. Atualmente, temos 45 funcionários e há capacidade para empregar 60 profissionais, mas falta mão de obra qualificada”, revela Mitikazu Koga Lisboa, CEO da Hive Digital, empresa desenvolvedora de games e social media.
Tributos e falta de profissionais limitam o crescimento da indústria de jogos eletrônicos no país Tributos e falta de profissionais limitam o crescimento da indústria de jogos eletrônicos no país Reviewed by Diego Martins on 2/26/2011 04:00:00 PM Rating: 5

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