Em 2010, foi registrada uma demanda reprimida por imóveis menores e bem localizados, na cidade de São Paulo. Este ano, o cenário não será diferente, diz setor
Por Érika Coradin
Por muitos anos, as incorporadoras ofereciam apartamentos de três ou quatro dormitórios para atender a uma demanda de pessoas e investidores interessados em unidades mais espaçosas para famílias com dois ou três filhos. Atualmente, o cenário imobiliário mudou e já houve um crescimento no número de pessoas sozinhas que querem comprar o primeiro imóvel.
O novo perfil de famílias menores, solteiros, divorciados e idosos, fez aumentar a procura por apartamentos compactos de até dois dormitórios. “Há uma demanda por imóveis compactos e bem localizados, principalmente nas regiões centrais das cidades. Como o objetivo das incorporadoras é atender esse público, a disputa por terrenos bem localizados ficou ainda mais acirrada”, explica Marcos França, diretor comercial da Requadra Desenvolvimento Imobiliário.
Os imóveis de dois dormitórios foram os que tiveram destaque nas vendas de novembro de 2010. Segundo informações do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), 1.431 unidades foram negociadas, representando 41% dos imóveis vendidos no mês. Já os de três dormitórios tiveram 977 vendidas, com 29,9%.
Com as vendas das unidades de dois dormitórios em crescimento, as incorporadoras passaram a explorar esse mercado que, por muitos anos, ficou abandonado, principalmente em empreendimentos bem localizados, próximo a estações de metrô, ao centro das cidades e regiões de fácil acesso. “Em 2009, um ano antes deste “boom”, tivemos um empreendimento com 256 unidades vendido em menos de duas horas, próximo ao centro. Devido ao sucesso, em dezembro de 2010, lançamos outro empreendimento ao lado e o resultado foi igual, mais de 50% das unidades vendidas na madrugada do lançamento”, ressalta França.
Atentos a esse potencial, as incorporadoras passaram a explorar as regiões centrais com unidades compactas. Mercado esse que por muitos anos não foi atendido, já que nas regiões centrais, principalmente, só havia apartamentos mais antigos, sem garagem ou nenhum tipo de lazer. Depois desta aceleração, compradores e investidores já contam com inúmeras opções de um e dois dormitórios, o que elevou a disputa por terrenos bem localizados, fazendo com que as negociações para esse tipo de apartamento ficassem mais acirradas. A alta se equipara ao comportamento de grandes cidades européias onde a disputa por apartamentos compactos e bem localizados se dá pela infraestrutura de transporte, cultura e lazer.
Área comum: uma extensão do apartamento
Pelo fato de alguns ambientes estarem cada vez menores, a exemplo das áreas de serviço, a Requadra inovou nos empreendimentos, principalmente naqueles localizados na região central. Implantou nas áreas comuns dos prédios lavanderia e vestiário para empregados, e em alguns deles, até o home office, tornando uma extensão do apartamento. “Pensamos numa área onde os moradores pudessem receber pessoas relacionadas ao trabalho num espaço comum e não no apartamento. Mais privacidade e comodidade para quem quer receber grupos maiores de pessoas.”, ressalta Marcos França.
Por Érika Coradin
Por muitos anos, as incorporadoras ofereciam apartamentos de três ou quatro dormitórios para atender a uma demanda de pessoas e investidores interessados em unidades mais espaçosas para famílias com dois ou três filhos. Atualmente, o cenário imobiliário mudou e já houve um crescimento no número de pessoas sozinhas que querem comprar o primeiro imóvel.
O novo perfil de famílias menores, solteiros, divorciados e idosos, fez aumentar a procura por apartamentos compactos de até dois dormitórios. “Há uma demanda por imóveis compactos e bem localizados, principalmente nas regiões centrais das cidades. Como o objetivo das incorporadoras é atender esse público, a disputa por terrenos bem localizados ficou ainda mais acirrada”, explica Marcos França, diretor comercial da Requadra Desenvolvimento Imobiliário.
Os imóveis de dois dormitórios foram os que tiveram destaque nas vendas de novembro de 2010. Segundo informações do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), 1.431 unidades foram negociadas, representando 41% dos imóveis vendidos no mês. Já os de três dormitórios tiveram 977 vendidas, com 29,9%.
Com as vendas das unidades de dois dormitórios em crescimento, as incorporadoras passaram a explorar esse mercado que, por muitos anos, ficou abandonado, principalmente em empreendimentos bem localizados, próximo a estações de metrô, ao centro das cidades e regiões de fácil acesso. “Em 2009, um ano antes deste “boom”, tivemos um empreendimento com 256 unidades vendido em menos de duas horas, próximo ao centro. Devido ao sucesso, em dezembro de 2010, lançamos outro empreendimento ao lado e o resultado foi igual, mais de 50% das unidades vendidas na madrugada do lançamento”, ressalta França.
Atentos a esse potencial, as incorporadoras passaram a explorar as regiões centrais com unidades compactas. Mercado esse que por muitos anos não foi atendido, já que nas regiões centrais, principalmente, só havia apartamentos mais antigos, sem garagem ou nenhum tipo de lazer. Depois desta aceleração, compradores e investidores já contam com inúmeras opções de um e dois dormitórios, o que elevou a disputa por terrenos bem localizados, fazendo com que as negociações para esse tipo de apartamento ficassem mais acirradas. A alta se equipara ao comportamento de grandes cidades européias onde a disputa por apartamentos compactos e bem localizados se dá pela infraestrutura de transporte, cultura e lazer.
Área comum: uma extensão do apartamento
Pelo fato de alguns ambientes estarem cada vez menores, a exemplo das áreas de serviço, a Requadra inovou nos empreendimentos, principalmente naqueles localizados na região central. Implantou nas áreas comuns dos prédios lavanderia e vestiário para empregados, e em alguns deles, até o home office, tornando uma extensão do apartamento. “Pensamos numa área onde os moradores pudessem receber pessoas relacionadas ao trabalho num espaço comum e não no apartamento. Mais privacidade e comodidade para quem quer receber grupos maiores de pessoas.”, ressalta Marcos França.
Aumenta a procura por apartamentos compactos
Reviewed by Diego Martins
on
2/17/2011 07:30:00 AM
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