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Especial cronistas: O cronista do povo

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Por Diego Martins


Rubem Braga: valorizava o cotidiano
Nascido em 12 de janeiro de 1913, na cidade de Cachoeiro do Itapemirim / ES, Rubem Braga se tornou o mais célebre cronista brasileiro. Iniciou carreira no jornalismo com apenas 15 anos no jornal Correio do Sul, em sua cidade natal. Na mesma época, já tomara gosto em escrever crônicas com linguagem coloquial e temática simples – identidade principal das suas obras.

Braga se tornou bacharel em direito no ano de 1932, pela Faculdade de Direito de Belo Horizonte / MG - porém, sua paixão era realmente a escrita. No mesmo ano em que se formou, já fazia oposição ao Estado Novo em suas publicações.

Chegou a ser preso quando cobriu a Revolução Constitucionalista em São Paulo. Mudou-se para Recife e lá assinava crônicas policiais para o Diário de Pernambuco. Tempos depois, preferiu fundar seu próprio jornal na cidade: Folha do Povo.

No ano de 1936, aos 22 anos de idade, dois fatos especiais aconteceram em sua vida: casou-se com Zora Seljan Braga, a mãe de seu único filho, Roberto Braga, e também lançou seu primeiro livro de crônicas: O Conde e o Passarinho.

Atuou como correspondente durante a Segunda Guerra Mundial, pelo então Diário Carioca, acompanhando a F.E.B (Força Expedicionária Brasileira) em suas missões na Itália. Daí, surgiu o livro: Com a F.E.B na Itália.

Em 1961, no governo Jânio Quadros, serviu o país como embaixador em Marrocos. Rubem Braga também lançou no Brasil escritores como Gabriel Garcia Márquez e Pablo Neruda, através da editora Sabiá, a qual fundou em 1968, com Fernando Sabino e Otto Lara Resende.

Ficou famoso por seu temperamento introspectivo e por gostar da solidão. Entretanto, este seu modo de ver e pensar o mundo só contribuiu para que ele escrevesse textos poéticos, num estilo próprio onde procurava valorizar as cenas do seu cotidiano.

Valia-se das paisagens, da natureza e do estado de espírito das pessoas, escrevia com sensibilidade e qualidade com um forte apreço pelo popular – fato este que foi a chave do sucesso para as suas escritas.

Nunca se afastou do jornalismo, e a pedido de Fernando Sabino, se descreveu:
"Sempre escrevi para ser publicado no dia seguinte. Como o marido que tem que dormir com a esposa: pode estar achando gostoso, mas é uma obrigação. Sou uma máquina de escrever com algum uso, mas em bom estado de funcionamento."

Morou em diversos estados, e viajou para vários lugares do mundo. Rubem Braga faleceu em 1990 no Rio de Janeiro, quando ainda era funcionário da TV Globo. Uma parada respiratória tirou do mundo físico o famoso cronista, que preferiu não tratar seu tumor na laringe. Como desejou e pediu aos amigos, morreu sozinho, mas deixou uma legião de fãs.

Especial cronistas: O cronista do povo Especial cronistas: O cronista do povo Reviewed by Diego Martins on 10/21/2010 10:07:00 PM Rating: 5

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