Astróloga afirma que horóscopo publicado na imprensa serve apenas para entreter
Por Diego Martins
(Imagem: reprodução da Internet)
A maioria das pessoas procura orientação da Astrologia quando está na iminência de tomar decisões importantes na vida, como a escolha da profissão, casar, iniciar um novo negócio ou fazer uma cirurgia, informa a astróloga Divani Terçarolli, que também é palestrante e professora em cursos de formação nesta área.
Segundo ela, este estudo é importante na vida das pessoas porque permite identificar o perfil psicológico e as tendências da personalidade, além dos ciclos de desenvolvimento que estão sendo experimentados. “A Astrologia nos ajuda a identificar as fases da vida que vivemos e a colaborar com a energia do momento”, explica.
Grandes nomes da ciência chegaram a pesquisar os astros, como Nicolau Copérnico, Isaac Newton, Johannes Kepler, entre outros. “No museu da universidade da Califórnia há uma mapa astrológico feito por Kepler para um nobre alemão”, afirma Divani. Este estudo surgiu na Mesopotâmia, por volta de 5.000 a 3.500 anos a.C. Mas há registros arqueológicos que mostram algum conhecimento astrológico em data bem anterior, como é o caso das escrituras encontradas às margens do Rio Susfana, próximo das Montanhas Atlas (África), que foram datadas em 10.000 a.C.
A astróloga define esta arte como um estudo das correspondências entre fenômenos celestes e terrestres, mais especificamente, o conhecimento de que certo arranjo de planetas a um dado ponto no tempo, é um reflexo simbólico do caráter e do destino do indivíduo nascido naquele momento (sob aquele céu).
De acordo com Divani, a verdadeira análise só pode ser feita através do mapa individual, que é um gráfico elaborado a partir de cálculos astronômicos que contêm informações precisas da posição dos astros do nosso Sistema Solar, em relação a um ponto determinado na superfície da Terra, em um dado momento no tempo e no espaço. “A Astrologia não é o horóscopo de jornal, esse tipo de publicação não passa de entretenimento”, conta.
Ela explica que só através dos mapas astrológicos pessoais é possível fazer um verdadeiro estudo de compatibilidade, chamado de ‘sinastria’. “É um estudo complexo que leva em conta o mapa como um todo e não apenas os signos solares - que são aqueles que a gente responde quando perguntam qual é o nosso signo”, completa.
Existem diferentes seguidores desta arte
A atriz Roseli Salete conta que começou a estudar há algum tempo e hoje tem até um material próprio que checa diariamente. “Desde muito cedo me perguntei sobre a vida, por que sofremos, por que sentimos dor e por isso comecei a investigar e acabei descobrindo que tinha a ver com a Astrologia”.
Ela diz que não se deixa governar pelos astros quando existe uma previsão ruim, e enfatiza que as pessoas têm o livre arbítrio. “O que é legal é que você se prepara, eu procuro não me deixar abater por isso, os astros indicam, mas não te obrigam”, explica. Porém, admite que se o dia não está propício para tomar decisões sérias, ela procura deixar para outra ocasião.
Na questão de compatibilidade, Roseli diz que a afinidade com alguém não é por acaso e que existem aspectos e vibrações que estão presentes no tema astrológico da pessoa. “Em relacionamento já tive comprovação de que tinha aspectos que não colaboravam e aí fica difícil”, relata a atriz. Segundo ela, se o casal perceber que tem coisas em seus temas que não funcionam, terá que suplantar e lutar junto para chegar a um acordo. “Você tem que analisar, porque senão é quase uma iniciativa perdida”.
O universitário Carlos Magno Souza se considera um fanático. “Eu sigo o que o horóscopo manda. Existem três sites que consulto diariamente e tem dia que leio jornais só para ver o que diz sobre o meu”, conta com empolgação o estudante. Souza explica que tem sorte de gostar de pessoas que o signo sempre é compatível com o dele. “Não sei se é questão de sorte ou destino, porque geralmente as pessoas que eu gosto são sempre de signos compatíveis com o meu”. Entretanto, admite que consulta a compatibilidade em programas da internet para saber como agir com a pessoa que pretende manter um relacionamento, seja afetivo ou apenas de amizade.
Segundo o universitário, já houve episódios em que o horóscopo programava algo de bom e realmente aconteceu. “Certa vez, planejei sair com uma garota e aconteceu 90% do que dizia no meu horóscopo naquele dia”, relatou. Ele conta ainda que deixa de fazer certas coisas se no dia existir uma previsão ruim. “Meu signo está falando tal coisa e então vou agir desta forma. Essa opção de acreditar pesa em minha vida”, diz Souza.
No entanto, se existem pessoas vidradas, há também aquelas que desconfiam, seja por motivos religiosos ou até pessoais. Para o terapeuta Giancarlo Salvagni, a influência dos astros serve como base de aconselhamento, para terapia de apoio (intuitiva). “Ainda que fosse crença, saberia tirar proveito dela para os meus objetivos, afinal, o que importa realmente não é a Astrologia em si e sim ajudar no sofrimento do próximo”, diz Salvagni.
A universitária Aline Louise Stocco, que é Testemunha de Jeová, relata que este estudo vai contra os ensinamentos religiosos e que as pessoas não devem se apegar a isso. “Não acredito em Astrologia devido suas origens que basicamente vêm da prática de adivinhação, o que vai contra os princípios bíblicos”, explica, em tom de reprovação.
Já o universitário Danilo Rodrigues diz que não consegue crer que os planetas possam influenciar na personalidade humana, porque os seres humanos são subjetivos e seria impossível estereotipá-los. Segundo o estudante, a explicação para esta arte ter tantos seguidores partiria da necessidade humana de crer em algo para se sentir confortável. “A Astrologia serve para a pessoa justificar certas atitudes, posturas, qualidades e defeitos”, conclui Rodrigues.
Por Diego Martins
(Imagem: reprodução da Internet)
O círculo do zodíaco é dividido em doze partes iguais,
que correspondem aos signos solares
|
Segundo ela, este estudo é importante na vida das pessoas porque permite identificar o perfil psicológico e as tendências da personalidade, além dos ciclos de desenvolvimento que estão sendo experimentados. “A Astrologia nos ajuda a identificar as fases da vida que vivemos e a colaborar com a energia do momento”, explica.
Grandes nomes da ciência chegaram a pesquisar os astros, como Nicolau Copérnico, Isaac Newton, Johannes Kepler, entre outros. “No museu da universidade da Califórnia há uma mapa astrológico feito por Kepler para um nobre alemão”, afirma Divani. Este estudo surgiu na Mesopotâmia, por volta de 5.000 a 3.500 anos a.C. Mas há registros arqueológicos que mostram algum conhecimento astrológico em data bem anterior, como é o caso das escrituras encontradas às margens do Rio Susfana, próximo das Montanhas Atlas (África), que foram datadas em 10.000 a.C.
A astróloga define esta arte como um estudo das correspondências entre fenômenos celestes e terrestres, mais especificamente, o conhecimento de que certo arranjo de planetas a um dado ponto no tempo, é um reflexo simbólico do caráter e do destino do indivíduo nascido naquele momento (sob aquele céu).
De acordo com Divani, a verdadeira análise só pode ser feita através do mapa individual, que é um gráfico elaborado a partir de cálculos astronômicos que contêm informações precisas da posição dos astros do nosso Sistema Solar, em relação a um ponto determinado na superfície da Terra, em um dado momento no tempo e no espaço. “A Astrologia não é o horóscopo de jornal, esse tipo de publicação não passa de entretenimento”, conta.
Ela explica que só através dos mapas astrológicos pessoais é possível fazer um verdadeiro estudo de compatibilidade, chamado de ‘sinastria’. “É um estudo complexo que leva em conta o mapa como um todo e não apenas os signos solares - que são aqueles que a gente responde quando perguntam qual é o nosso signo”, completa.
Existem diferentes seguidores desta arte
A atriz Roseli Salete conta que começou a estudar há algum tempo e hoje tem até um material próprio que checa diariamente. “Desde muito cedo me perguntei sobre a vida, por que sofremos, por que sentimos dor e por isso comecei a investigar e acabei descobrindo que tinha a ver com a Astrologia”.
Ela diz que não se deixa governar pelos astros quando existe uma previsão ruim, e enfatiza que as pessoas têm o livre arbítrio. “O que é legal é que você se prepara, eu procuro não me deixar abater por isso, os astros indicam, mas não te obrigam”, explica. Porém, admite que se o dia não está propício para tomar decisões sérias, ela procura deixar para outra ocasião.
Na questão de compatibilidade, Roseli diz que a afinidade com alguém não é por acaso e que existem aspectos e vibrações que estão presentes no tema astrológico da pessoa. “Em relacionamento já tive comprovação de que tinha aspectos que não colaboravam e aí fica difícil”, relata a atriz. Segundo ela, se o casal perceber que tem coisas em seus temas que não funcionam, terá que suplantar e lutar junto para chegar a um acordo. “Você tem que analisar, porque senão é quase uma iniciativa perdida”.
O universitário Carlos Magno Souza se considera um fanático. “Eu sigo o que o horóscopo manda. Existem três sites que consulto diariamente e tem dia que leio jornais só para ver o que diz sobre o meu”, conta com empolgação o estudante. Souza explica que tem sorte de gostar de pessoas que o signo sempre é compatível com o dele. “Não sei se é questão de sorte ou destino, porque geralmente as pessoas que eu gosto são sempre de signos compatíveis com o meu”. Entretanto, admite que consulta a compatibilidade em programas da internet para saber como agir com a pessoa que pretende manter um relacionamento, seja afetivo ou apenas de amizade.
Segundo o universitário, já houve episódios em que o horóscopo programava algo de bom e realmente aconteceu. “Certa vez, planejei sair com uma garota e aconteceu 90% do que dizia no meu horóscopo naquele dia”, relatou. Ele conta ainda que deixa de fazer certas coisas se no dia existir uma previsão ruim. “Meu signo está falando tal coisa e então vou agir desta forma. Essa opção de acreditar pesa em minha vida”, diz Souza.
No entanto, se existem pessoas vidradas, há também aquelas que desconfiam, seja por motivos religiosos ou até pessoais. Para o terapeuta Giancarlo Salvagni, a influência dos astros serve como base de aconselhamento, para terapia de apoio (intuitiva). “Ainda que fosse crença, saberia tirar proveito dela para os meus objetivos, afinal, o que importa realmente não é a Astrologia em si e sim ajudar no sofrimento do próximo”, diz Salvagni.
A universitária Aline Louise Stocco, que é Testemunha de Jeová, relata que este estudo vai contra os ensinamentos religiosos e que as pessoas não devem se apegar a isso. “Não acredito em Astrologia devido suas origens que basicamente vêm da prática de adivinhação, o que vai contra os princípios bíblicos”, explica, em tom de reprovação.
Já o universitário Danilo Rodrigues diz que não consegue crer que os planetas possam influenciar na personalidade humana, porque os seres humanos são subjetivos e seria impossível estereotipá-los. Segundo o estudante, a explicação para esta arte ter tantos seguidores partiria da necessidade humana de crer em algo para se sentir confortável. “A Astrologia serve para a pessoa justificar certas atitudes, posturas, qualidades e defeitos”, conclui Rodrigues.
A fé que vem dos signos
Reviewed by Diego Martins
on
5/03/2010 12:30:00 PM
Rating:
Nenhum comentário
Fale com a redação: contato@portaltelenoticias.com