Por Nathália Rodrigues
Foi conversando com uma amiga que descobri a existência da “Cidade do Silêncio”, como é conhecida Juarez, que fica no México e faz fronteira com o Texas.
É uma cidade industrial onde a maioria dos trabalhadores são mulheres que ganham pouco e em sua maioria trabalham em regime de semi-escravidão.
O que diferencia Juarez das outras cidades nas mesmas condições é que de 1993 a 2006 houve por volta de 420 mulheres assassinadas; sem contar as centenas que ainda estão desaparecidas.
A indignação é maior em saber o que essas pobres mulheres sofrem antes de serem brutamente assassinadas, segundo o site "Contra o Feminicídio/ Mulheres de Juarez", o grau de sadismo e tortura dos assassinatos é perturbador, as mulheres são penetradas por todo corpo, seus seios são arrancados, suas entranhas são abertas, são queimadas e desmembradas vivas, muitas vezes introduzem substâncias tóxicas em suas vaginas e ânus, quebram suas colunas e crânios e são largadas no deserto ou jogadas em valas coletivas, nem mesmo as crianças estão livres desses horrores.
Existem inúmeras teorias para se explicar o motivo de tantas mortes, entre elas rituais satânicos, tráfico de órgãos, simples sadismo ou pior, especula-se que ricos empresários pagam pelo rapto dessas mulheres e após torturas sexuais, torturam-nas fisicamente até a morte, no melhor estilo “O Albergue”.
O governo e a policia ignoram os assassinatos e tentam camuflar os crimes, trazendo revolta a ativistas e associações internacionais. Para eles não há interesse em investigar o desaparecimento de mulheres de classe baixa e em sua maioria indígena. Ninguém se atreve a comentar ou divulgar maiores informações. Aqueles que tentaram, foram ameaçados de morte e muitos foram realmente assassinados.
Cada vez que um suspeito é preso acusado dos homicídios, o índice de mortes cresce absurdamente, o que aparentemente ocorre para desmentir as autoridades que não fazem questão de esconder o descaso pela situação calamitosa.
Em 2006, Gregory Nava, dirigiu o filme “Bordertown” (aqui no Brasil lançado como “Cidade do Silêncio”), que conta a história de Juarez. Ele conseguiu convencer grandes artistas como Jennifer Lopez e Antonio Banderas a fazer o filme que infelizmente não alcançou grande audiência. No filme, Jennifer Lopez interpreta uma jornalista que busca uma matéria para alavancar sua carreira. Quando descobre Juarez fica horrorizada e decide investigar o caso, como outros, ela é ameaçada quando ajuda uma sobrevivente dos ataques a denunciar os crimes que sofreu.
Mal dá pra acreditar que hoje, século XXI, ainda exista casos de brutalidades dessa espécie. Como as autoridades sustentam o sigilo em torno desses crimes horríveis? Onde está a ONU para lutar pela defesa dessas mulheres que vivem dia após dia com medo de serem as próximas vitimas? E as famílias que vivem o desespero de não saberem o paradeiros de suas filhas e irmãs? É inaceitável que mulheres vivam hoje nessa situação de preconceito, medo e descaso, enquanto os culpados riem de suas mortes e angustias e continuam a aumentar os índices de mortes em Juarez.
Ainda no site “Contra o Feminicídio/ Mulheres de Juarez”, foi divulgado uma petição composta pelos familiares das vítimas e ativistas, eles pedem assinaturas para serem entregues as autoridades dos EUA e México. Não posso afirmar em quanto assinar a petição vai ajudar as mulheres de Juarez, mas já é algo diante do nada.
Foi conversando com uma amiga que descobri a existência da “Cidade do Silêncio”, como é conhecida Juarez, que fica no México e faz fronteira com o Texas.
É uma cidade industrial onde a maioria dos trabalhadores são mulheres que ganham pouco e em sua maioria trabalham em regime de semi-escravidão.
O que diferencia Juarez das outras cidades nas mesmas condições é que de 1993 a 2006 houve por volta de 420 mulheres assassinadas; sem contar as centenas que ainda estão desaparecidas.
A indignação é maior em saber o que essas pobres mulheres sofrem antes de serem brutamente assassinadas, segundo o site "Contra o Feminicídio/ Mulheres de Juarez", o grau de sadismo e tortura dos assassinatos é perturbador, as mulheres são penetradas por todo corpo, seus seios são arrancados, suas entranhas são abertas, são queimadas e desmembradas vivas, muitas vezes introduzem substâncias tóxicas em suas vaginas e ânus, quebram suas colunas e crânios e são largadas no deserto ou jogadas em valas coletivas, nem mesmo as crianças estão livres desses horrores.
Existem inúmeras teorias para se explicar o motivo de tantas mortes, entre elas rituais satânicos, tráfico de órgãos, simples sadismo ou pior, especula-se que ricos empresários pagam pelo rapto dessas mulheres e após torturas sexuais, torturam-nas fisicamente até a morte, no melhor estilo “O Albergue”.
O governo e a policia ignoram os assassinatos e tentam camuflar os crimes, trazendo revolta a ativistas e associações internacionais. Para eles não há interesse em investigar o desaparecimento de mulheres de classe baixa e em sua maioria indígena. Ninguém se atreve a comentar ou divulgar maiores informações. Aqueles que tentaram, foram ameaçados de morte e muitos foram realmente assassinados.
Cada vez que um suspeito é preso acusado dos homicídios, o índice de mortes cresce absurdamente, o que aparentemente ocorre para desmentir as autoridades que não fazem questão de esconder o descaso pela situação calamitosa.
Em 2006, Gregory Nava, dirigiu o filme “Bordertown” (aqui no Brasil lançado como “Cidade do Silêncio”), que conta a história de Juarez. Ele conseguiu convencer grandes artistas como Jennifer Lopez e Antonio Banderas a fazer o filme que infelizmente não alcançou grande audiência. No filme, Jennifer Lopez interpreta uma jornalista que busca uma matéria para alavancar sua carreira. Quando descobre Juarez fica horrorizada e decide investigar o caso, como outros, ela é ameaçada quando ajuda uma sobrevivente dos ataques a denunciar os crimes que sofreu.
Mal dá pra acreditar que hoje, século XXI, ainda exista casos de brutalidades dessa espécie. Como as autoridades sustentam o sigilo em torno desses crimes horríveis? Onde está a ONU para lutar pela defesa dessas mulheres que vivem dia após dia com medo de serem as próximas vitimas? E as famílias que vivem o desespero de não saberem o paradeiros de suas filhas e irmãs? É inaceitável que mulheres vivam hoje nessa situação de preconceito, medo e descaso, enquanto os culpados riem de suas mortes e angustias e continuam a aumentar os índices de mortes em Juarez.
Ainda no site “Contra o Feminicídio/ Mulheres de Juarez”, foi divulgado uma petição composta pelos familiares das vítimas e ativistas, eles pedem assinaturas para serem entregues as autoridades dos EUA e México. Não posso afirmar em quanto assinar a petição vai ajudar as mulheres de Juarez, mas já é algo diante do nada.
Universo Feminino: Mulheres de Juarez
Reviewed by Nathália Rodrigues
on
8/25/2009 07:48:00 AM
Rating:
Parece história de filme, mas não é né?
ResponderExcluirEu acho que isso acontece porque existe uma sensação em cada ser humano de ser superior ao outro e isso os faz sentir-se no direito de fazer o que quiser com o mais "fraco".
E quando uma grande de "superiores" se junta dá nisso, os imbecis que cometem esses crimes sozinho não fazem nada, só criam coragem em bando e assim é em todo tipo de preconceito, as pessoas se manifestam apenas quando são maioria e geralmente atcam aquels que são mais fracos
Ótima matéria Nathália. Não tinha conhecimento sobre este assunto. É importante tornar o caso público para abrir os olhos das autoridades.
ResponderExcluirConcordo com voce Diego!É até assustador ler este tipo de matéria,mais é nossa realidade infelizmente.Fico me perguntando, onde esta os olhos da justiça?Que se fecham pra todos os tipos de barbaridades como esta,e me pergunto também até quando viveremos em um mundo onde torturar é sinonimo de bem-estar para muitos animais que ainda se consideram racionais...
ResponderExcluirAté pouco tempo eu também não sabia. Fiquei chocada com as barbaries que acontecem nessa cidade, se puderem, pesquisem mais, no site que eu indiquei tem os nomes das vítimas e das ainda desaparecidas e outras histórias chocantes...
ResponderExcluirobrigada gente!! :)
Muito bom o texto Nathy...A história realmente é chocante! Tive a oportunidade de assistir o filme, que retrata bem a realidade do povo dessa região e o pouco caso que as autoridades fazem é impressionante, o que nos faz pensar que estão de acordo com esse matança. Afinal o que sempre está em jogo neste caso é dinheiro e poder!
ResponderExcluirObrigada Carlos, seja sempre bem vindo!! Tenho certeza que teremos sempre ótimos textos postados!!
ResponderExcluir:)