De Olho no Lance: A que ponto chega a paixão

Por Alisson Matos

Uma vergonha! Assim pode ser definida a invasão do vestiário da Portuguesa após a derrota da equipe para o Vila Nova de Góias por 2x1.

De início o futebol tem (ou deveria ter) um caráter conciliador, de paz, de alegria, porém o que ocorreu no Canindé foi algo lamentável. Com a invasão no vestiário, a impressão que se tem é de que a culpa dos fracassos da Lusa são dos jogadores e comissão técnica. Mas não é.

A Portuguesa é mais um clube refém de administrações horrendas, uma agremiação que precisa se ajustar para o novo modelo do futebol. Enfim, precisa ser mais profissional. Isso não é novidade para ninguém. Mas analisando a essência do futebol defino essa atitude como uma paixão exarcebada, uma paixão que ultrapassa todos os limites.

Com o episódio tiramos a conclusão de que o futebol precisa ser levado com um tom de brincadeira, de diversão, pois tudo o que envolve paixão pode acabar se tornando uma grande tragédia.

Quem saiu perdendo foi somente a Portuguesa, que ficou sem um dos melhores treinadores do futebol brasileiro o Renê Simões e o seu melhor jogador, no caso o meia-atacante Edno.

Atitudes como essa não levam a nada. Lugar de torcedor é na arquibancada.