Por Amanda Cotrim
Na última sexta feira, o ministério público federal ofereceu denúncia contra Protógenes Queiroz por violação de sigilo funcional e fraude processual para a 7ª Vara Federal de São Paulo.
Em seu blog, ele diz que está preparado para a futura condenação: "Estou pronto para uma futura condenação, sabedor que cumpri o meu dever de delegado de Polícia Federal na defesa dos interesses dos brasileiros e do Brasil”.
O delegado da Policia Federal, ficou conhecido nacionalmente depois de ter conduzido a Operação Satiagraha, que apurou e ainda apura supostos crimes cometidos pelo banqueiro Daniel Dantas. Desde o ano passado, foi retirado da operação pela PF e começou a ser investigado. Passou de “mocinho” para “bandido”.
A denúncia sustentada pelos procuradores da república é de que o delegado teria convidado um repórter da TV Globo para fazer as filmagens do flagrante de corrupção e suborno sofrido por um agente da Polícia Federal pela assessoria do banqueiro, e que no momento das edições da tentativa de suborno, Protógenes teria cometido crime de fraude processual, quando editou as imagens do repórter, para que elas parecessem ser feitas pela PF e não por um jornalista.
O delegado que usou da ilegalidade para praticar um ato legítimo, corre o risco de ser preso. Claro que haverá recorrência, mas a sensação que se tem é de que o mundo realmente é dos mais espertos e ricos.
Essa noticia nos remete também a um outro pensamento, o da ética jornalística: Até que ponto fazer filmagens “clandestinas” e não avisar a fonte que está participando de um processo jornalístico é válido para o “bem” maior da verdade noticiosa?
Protógenes, na condição de delegado e condutor da operação federal, teria o direito de fazer escutas e imagens por conta própria?
O foco sobre Daniel Dantas foi deslocado, e a mídia, por sua vez, teve participação importante nisso. Crimes financeiros que teriam sido cometidos pelo banqueiro, foram substituídos por questionamentos sobre a legalidade e a legitimidade do delegado Queiroz.
Na minha opinião, na boa intenção de “pegar o jacaré no pulo”, ele acabou sendo surpreendido e envolvido nessa lama chamada política.
Protógenes Queiroz - de 'mocinho' a 'bandido' |
Em seu blog, ele diz que está preparado para a futura condenação: "Estou pronto para uma futura condenação, sabedor que cumpri o meu dever de delegado de Polícia Federal na defesa dos interesses dos brasileiros e do Brasil”.
O delegado da Policia Federal, ficou conhecido nacionalmente depois de ter conduzido a Operação Satiagraha, que apurou e ainda apura supostos crimes cometidos pelo banqueiro Daniel Dantas. Desde o ano passado, foi retirado da operação pela PF e começou a ser investigado. Passou de “mocinho” para “bandido”.
A denúncia sustentada pelos procuradores da república é de que o delegado teria convidado um repórter da TV Globo para fazer as filmagens do flagrante de corrupção e suborno sofrido por um agente da Polícia Federal pela assessoria do banqueiro, e que no momento das edições da tentativa de suborno, Protógenes teria cometido crime de fraude processual, quando editou as imagens do repórter, para que elas parecessem ser feitas pela PF e não por um jornalista.
O delegado que usou da ilegalidade para praticar um ato legítimo, corre o risco de ser preso. Claro que haverá recorrência, mas a sensação que se tem é de que o mundo realmente é dos mais espertos e ricos.
Essa noticia nos remete também a um outro pensamento, o da ética jornalística: Até que ponto fazer filmagens “clandestinas” e não avisar a fonte que está participando de um processo jornalístico é válido para o “bem” maior da verdade noticiosa?
Protógenes, na condição de delegado e condutor da operação federal, teria o direito de fazer escutas e imagens por conta própria?
O foco sobre Daniel Dantas foi deslocado, e a mídia, por sua vez, teve participação importante nisso. Crimes financeiros que teriam sido cometidos pelo banqueiro, foram substituídos por questionamentos sobre a legalidade e a legitimidade do delegado Queiroz.
Na minha opinião, na boa intenção de “pegar o jacaré no pulo”, ele acabou sendo surpreendido e envolvido nessa lama chamada política.
Artigo da Semana: Protógenes Queiroz pode ser condenado
Reviewed by Amanda Cotrim
on
5/12/2009 10:26:00 AM
Rating:
poc poc poc poc
ResponderExcluirhahahaha