Por Amanda Cotrim
Hoje, pela manhã, já havia acordado meio incomodada pelos motivos que, sutilmente, me tiraram o sono: O jogo da segunda semifinal do campeonato paulista. Pois, para quem não sabe, sou uma amante do futebol, independente de qualquer circunstância.
Levantei-me, escovei os dentes, tomei café e decidi que iria ler e estudar. Pois é, não fiz metade das coisas que planejei, e isso se deu por conta do certo evento que se sucederia às 16h, mas que para mim começaria mais cedo, visto que acompanharia uma hora antes pelas rádios do estado de São Paulo.
A expectativa para o clássico São Paulo e Corinthians era grande. Por volta das 14h50min da tarde, fui até meu quarto, peguei a camisa do clube e beijei. No mesmo instante senti borboletas no estômago e percebi que aquilo era paixão, iguais a que sentimos quando temos alguém em nossas vidas. Iniciar-se-ia a conjugação do verbo mais observado por mim, o verbo 'torcer'.
Ah... como é bom torcer, seja por algo em que se acredita, por alguma coisa que não se acredita muito, enfim, não importam os motivos, porque o ato por si só já causa o momento cuja concentração, emoção, vibração, entram em jogo e transformam o ser humano, provido de energia e razão, num montante assustador, pois é exatamente seu lado não racional que é estimulado, fazendo-o um ser tão diferenciado de qualquer outro ser vivo capaz das mais belas respostas a esse estímulo e também as atitudes mais animalescas possíveis.
Não importam os motivos que te levem a torcer por algo, o que importa é quão bom é torcer. O ato é como um ritual, cujo objeto para quem está torcendo transforma-se numa espécie de deus, deuses, santos, mitos, ou qualquer outro adjetivo possível para tentar definir o que é.
O futebol é isto: um grande ritual. As torcidas são este montante de seres humanos guiados e estimulados por essa força que leva o individuo para os dois pólos extremos, a adreanalina e a anestesia. Como um grande espetáculo, às vezes de comédia, mas em sua maioria dramática, o futebol tem a capacidade de ser imprevisível para o espectador e também para os atores, no caso os jogadores; atores, pois, atuam no jogo.
O espetáculo para acontecer de maneira profissional requer ensaios, marcações, mapas de iluminação, sonoplastia, coxia... aparentemente tudo “esquematizado”, exatamente como num esquema tático de um time de futebol, no qual o diretor escala seus melhores jogadores para transmitirem ao publico momentos de emoção. Além de muitas das coisas em que um espetáculo dramático se compromete a fazer, uma delas é emocionar, isso não lhe parece muito com o futebol?
Uma das diferenças gritantes entre ambos os espetáculos está, justamente, no grito. Eu explico. A peça de teatro não permite os gritos, exceto em raras exceções; já o futebol precisa dele. Como poderia existir o futebol se não existisse o ato de torcer?
Entretanto uma coisa é preciso que se diga, não são todas as peças e nem todos os jogos que te causam adrenalina pulsante. Em alguns jogos o ato de torcer acontece de forma espontânea, porém não calorosa. Há que isso se deve? Deve-se aos personagens, no caso os atores cuja representação lhe cabe, que não são capazes de transmitir-lhe emoção. Mas existe um conjunto de personagens que se recicla, contudo nunca perde sua majestade, e com a história ao seu lado escreve em metáforas.
Estou me referindo, caros leitores, aos atores que a cada ano que passa dão vida aos jogadores do Sport Clube Corinthians Paulista. O esporte e o clube que mais me emocionam e me “obrigam” a sair da rotina. Um time que transforma a cor de meus olhos em cores alvinegras, e numa espécie de hipnose, com maestria, guia-me ao canto mais tocado: “Aqui tem um bando de louco, louco por ti, Corinthians”.
Torcer é um ato. Uma opção. Fato. Torcer pelo Corinthians é uma condição; uma satisfação. Esse time é a revelação da nação: imperfeito, incansável, agitador e muito persistente. É...ele tem o poder de fazer ateu virar crédulo: Isso é Corinthians!
Levantei-me, escovei os dentes, tomei café e decidi que iria ler e estudar. Pois é, não fiz metade das coisas que planejei, e isso se deu por conta do certo evento que se sucederia às 16h, mas que para mim começaria mais cedo, visto que acompanharia uma hora antes pelas rádios do estado de São Paulo.
A expectativa para o clássico São Paulo e Corinthians era grande. Por volta das 14h50min da tarde, fui até meu quarto, peguei a camisa do clube e beijei. No mesmo instante senti borboletas no estômago e percebi que aquilo era paixão, iguais a que sentimos quando temos alguém em nossas vidas. Iniciar-se-ia a conjugação do verbo mais observado por mim, o verbo 'torcer'.
Ah... como é bom torcer, seja por algo em que se acredita, por alguma coisa que não se acredita muito, enfim, não importam os motivos, porque o ato por si só já causa o momento cuja concentração, emoção, vibração, entram em jogo e transformam o ser humano, provido de energia e razão, num montante assustador, pois é exatamente seu lado não racional que é estimulado, fazendo-o um ser tão diferenciado de qualquer outro ser vivo capaz das mais belas respostas a esse estímulo e também as atitudes mais animalescas possíveis.
Não importam os motivos que te levem a torcer por algo, o que importa é quão bom é torcer. O ato é como um ritual, cujo objeto para quem está torcendo transforma-se numa espécie de deus, deuses, santos, mitos, ou qualquer outro adjetivo possível para tentar definir o que é.
O futebol é isto: um grande ritual. As torcidas são este montante de seres humanos guiados e estimulados por essa força que leva o individuo para os dois pólos extremos, a adreanalina e a anestesia. Como um grande espetáculo, às vezes de comédia, mas em sua maioria dramática, o futebol tem a capacidade de ser imprevisível para o espectador e também para os atores, no caso os jogadores; atores, pois, atuam no jogo.
O espetáculo para acontecer de maneira profissional requer ensaios, marcações, mapas de iluminação, sonoplastia, coxia... aparentemente tudo “esquematizado”, exatamente como num esquema tático de um time de futebol, no qual o diretor escala seus melhores jogadores para transmitirem ao publico momentos de emoção. Além de muitas das coisas em que um espetáculo dramático se compromete a fazer, uma delas é emocionar, isso não lhe parece muito com o futebol?
Uma das diferenças gritantes entre ambos os espetáculos está, justamente, no grito. Eu explico. A peça de teatro não permite os gritos, exceto em raras exceções; já o futebol precisa dele. Como poderia existir o futebol se não existisse o ato de torcer?
Entretanto uma coisa é preciso que se diga, não são todas as peças e nem todos os jogos que te causam adrenalina pulsante. Em alguns jogos o ato de torcer acontece de forma espontânea, porém não calorosa. Há que isso se deve? Deve-se aos personagens, no caso os atores cuja representação lhe cabe, que não são capazes de transmitir-lhe emoção. Mas existe um conjunto de personagens que se recicla, contudo nunca perde sua majestade, e com a história ao seu lado escreve em metáforas.
Estou me referindo, caros leitores, aos atores que a cada ano que passa dão vida aos jogadores do Sport Clube Corinthians Paulista. O esporte e o clube que mais me emocionam e me “obrigam” a sair da rotina. Um time que transforma a cor de meus olhos em cores alvinegras, e numa espécie de hipnose, com maestria, guia-me ao canto mais tocado: “Aqui tem um bando de louco, louco por ti, Corinthians”.
Torcer é um ato. Uma opção. Fato. Torcer pelo Corinthians é uma condição; uma satisfação. Esse time é a revelação da nação: imperfeito, incansável, agitador e muito persistente. É...ele tem o poder de fazer ateu virar crédulo: Isso é Corinthians!
Artigo da semana: Um Domingo diferente, um domingo torcedor
Reviewed by Amanda Cotrim
on
4/19/2009 07:18:00 PM
Rating:
Futebol: A maior expressão cultural do Mundo!
ResponderExcluirCurti esse texto!
Parabéns!
muitoo legal a cronica.. eh legal ver o ponto de vista feminino sobre assunto tipicamente reservado aos homens...
ResponderExcluirbem escrito tb!
Ah, eu fiquei decepcionada com o Palmeiras fora, logo, o final já não me interessa mais T.T
ResponderExcluirÓtima crônica pra quem torce pro Corinthians... ahuhauauh
8D
by: Jacque
Lindo texto,daqueles que nos fazem se sentir na cema junto com o texto.
ResponderExcluirTirando o fato de ser um texto que represente algo sobre o Corinthias.
Eu como uma amante do rival verde-branco,jamais concordaria com esse texto na íntegra.
Decepcionada com o meu time que na reta final muchou...Mas enfim,coisas do futebol,coisas que fazem com que cada vez mais amamos nossos times.Cada um no seu e todos por uma só paixão o FUTEBOL!
Beijos - Dani!
.... O texto eh mt real...
ResponderExcluirrelata naum soh o que os corinthianos sentem ( com tanta intensidade)... mas o que todos os torcedores sentem....a expectativa... o envolvimento... tudo para entre às 16hr e 18hr do domingo....
Gostei mt....
=D
Olha q interessante...um texto escrito por mim, uma mulher, e tendo como comentários apenas mulheres hauhauha puta que pariu!!!!! kkkk
ResponderExcluirQuerida Amanda... eu nao gosto de futebol, mas entendo a paixao q sente ao vibrar com cada partida.Eh como assistir a um filme de suspense q vc nao sabe oq vai acontecer.....
ResponderExcluirContinue com essa motivação... na vida a gente tem q ter motivação sempre... beijos e td de bom. DEus te abençoe!!
Amei o texto, Amanda! Como já te disse (e isso não é puxassaquismo) você escreve de uma maneira que envolve a pessoa, e ela não sossega enquanto não termina de ler! Parabéns, continue assim. Deus te abençoe!
ResponderExcluireita mandinha......corinthiana roxa hein.....só fico sentido do são paulo ter perdido a partida! Parabéns pela crônica!
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